Há quem não goste nem de ouvir falar o nome. Pequenos, mas assustadores, os escorpiões – cujo veneno pode matar principalmente crianças, idosos ou pessoas com a saúde debilitada – têm o metabolismo mais ativo no verão, mas podem aparecer também em outros períodos do ano, inclusive, no inverno. É nesta época que eles se reproduzem e ainda, por conta do frio, tendem a procurar abrigo dentro das casas. Como se alimentam de baratas e de pequenos insetos, alguns ambientes acabam sendo propício para eles “fazerem a festa”.
O perigo não está apenas nos ambientes domésticos. Nas indústrias, por exemplo, há uma grande concentração de objetos que podem servir de criadouros para esse e outros aracnídeos. Depósitos de lojas e empresas, onde sempre existe uma grande movimentação de pessoas, paletes de madeira, carrinhos e caixas, muitas vezes deixam a desejar no quesito limpeza. Quantas vezes não nos deparamos ainda com terrenos baldios abandonados, repletos de mato alto e lixo amontoado, ao caminhar pela cidade? Tudo isso é um “prato cheio” para esses terríveis visitantes.
Em Presidente Prudente, na sexta-feira, um bebê de 9 meses - que teve alta hospitalar na segunda - foi picado por um escorpião dentro da Escola Municipal Nair Musegante Lebrão, no bairro Cecap. Em nota enviada a O Imparcial, a Seduc (Secretaria Municipal de Educação) informou que, assim que foi constatado o incidente, a gestão escolar prestou todo o suporte necessário à criança, acionando imediatamente o Corpo de Bombeiros para levá-la ao hospital e comunicando os familiares sobre a ocorrência. Apesar de estar com a “dedetização, limpeza e a capina em dia”, a gestão escolar solicitou o reforço nos serviços. Todo cuidado é pouco. E o final, em alguns casos, pode ser trágico.
O escorpião mais perigoso é o amarelo, que causa dor e suor no local da picada, agitação, alterações respiratórias, náuseas e vômitos, podendo, inclusive, levar à morte. Como não possui um veneno específico para estes bichos, mesmo dedetizando o ambiente eles continuam aparecendo.
Sendo assim, o modo mais fácil de ficar livre do problema é a prevenção. Medidas simples, como evitar o acúmulo de entulhos, folhas e galhos de árvores, lixo doméstico e restos de material de construção nas proximidades da casa, e providenciar a vedação e limpeza de possíveis refúgios destes bichos é tarefa fundamental para minimizar o risco de acidentes. Use telas em ralos do chão, pias e tanques. Afaste os móveis das paredes e vede qualquer fresta que aparecer. Mantenha sempre a grama aparada. Os mesmos cuidados servem para órgãos públicos e privados.
Certas atitudes são corriqueiras, mas podem se tornar cruciais para evitar o aparecimento desses bichos que, apesar de pequenos, podem trazer grandes problemas.