Com muita frequência somos questionados pelos mais jovens sobre os motivos que nos levaram a escolher nossas carreiras. A curiosidade se justifica em uma realidade onde tal escolha ocorre no final da adolescência, quando estamos ainda imaturos.
Eu decidi fazer o curso de Direito muito jovem, observando meu pai. O contato com a Constituição Federal e as conversas sobre justiça fortaleceram meu interesse. Geralmente a escolha pelo Direito é movida por duas verdades: o extenso campo de oportunidades profissionais (concursos, advocacia, docência) e a vontade de mudar o mundo.
O curso de Direito é indicado para aqueles que pensam em transformação social, em ética nas relações e na efetivação da justiça
Não é difícil de entender a necessidade do Direito para a harmonia social, afinal estamos inseridos em um ambiente de constates conflitos de interesses. É por isso que o curso de Direito é indicado para aqueles que pensam em transformação social, em ética nas relações e na efetivação da justiça. Desde os primeiros termos, os alunos são convidados a refletir sobre os problemas sociais e os mecanismos de solução. Pensar sobre cidadania, dignidade, violência e desigualdade faz parte do cotidiano.
É necessário refletir com empatia sobre os direitos e obrigações do outro, sempre na busca da melhor alternativa para o caso concreto. O Direito é essencial para a sociedade, mesmo diante da nova realidade de tecnologias e inteligência artificial. Além de apontar como uma nova área de atuação (na advocacia, principalmente), o profissional do Direito continua sendo indispensável nas construções intelectuais. A habilidade para solução de conflitos extrajudiciais, mediante processos de negociação e mediação, também está em alta. Nossa área continua a crescer e se fortalecer. Sem o Direito, definitivamente, não há justiça.
