Acolhimento. Foi com esse objetivo que as escolas municipais e estaduais de Presidente Prudente reabriram suas portas na manhã de ontem. Em ambas as redes, as equipes multidisciplinares promoveram, junto aos alunos, dinâmicas e atividades recreativas como forma de recepção e socialização. Um fator destacado pelos gestores da Seduc (Secretaria Municipal da Educação) e da Diretoria de Ensino da Região de Presidente Prudente é a participação das famílias, que receberam o convite para conhecer a estrutura e o funcionamento das unidades.
Célia diz que trabalhos efetivos começam na segunda-feira
De acordo com o titular da Seduc, Antonio Luiz Mello, uma média de 21 mil estudantes, sendo 18 mil da rede municipal e 3 mil de escolas terceirizadas, voltaram aos estudos nesta quinta-feira. Uma vez que os dois primeiros dias visam à adaptação dos alunos, as unidades atuam em horário especial. Desta forma, metade do período é destinado ao acolhimento dos alunos, enquanto a outra parte é dedicada ao atendimento de todas as famílias, que passarão por uma entrevista a fim de esclarecer as principais necessidades de seus filhos, tanto em âmbito educacional quanto pessoal. "Em 2017, nosso foco é a aprendizagem dos alunos. Sendo assim, não pouparemos esforços para garantir que eles tenham boas aulas, sejam bem cuidados e se sintam felizes na escola, tudo isso em parceria com as famílias", expõe.
Nas escolas estaduais, por sua vez, 59,3 mil estudantes da região iniciaram o ano letivo na manhã de ontem. A dirigente Naide Videira Braga fala com muito entusiasmo sobre o novo ano, que espera ser cheio de paz, harmonia e saúde entre as unidades. No primeiro dia, ela esteve na recém-inaugurada Escola Estadual Pastor João Carlos Padilha de Siqueira, no Jardim Santa Mônica, a qual começa seu primeiro ano de atividades. "Gostei do que vi. Os alunos receberam muito bem a nova escola e encheram as salas de aula. Já fizeram até mesmo reivindicações, que estão dentro do nosso plano de ação. Uma delas é a instalação dos ventiladores, que já temos, faltando apenas a contratação dos eletricistas", comenta.
Nas instituições
Na manhã de ontem, a reportagem esteve em duas escolas, uma municipal e outra estadual, para acompanhar o primeiro dia de atividades. Na Escola Municipal Ivo Garrido, a diretora Edmárcia Aparecida Domingues de Oliveira aponta que a unidade busca, nestes dois primeiros dias, construir com os alunos as regras coletivas, mostrando a eles o que pode e o que não pode ser feito, e estabelecer um vínculo de confiança com os pais e responsáveis. "A participação familiar é fundamental, pois uma escola sozinha não caminha. Os pais precisam saber que eles podem e devem contar com a escola", explana.
A educadora Juliana Matricardi, 41 anos, é mãe de uma das alunas da unidade, a estudante do terceiro ano Gabriela Matricardi Carriel, 8 anos, e conta que a menina estava contando nos dedos os dias para a volta às aulas. "Espero que ela desenvolva bem, aprenda mais, se interesse ainda mais pela leitura e faça novos amigos", diz.
Na Escola Estadual Mirella Pesce Desidere, aproximadamente 1,4 mil alunos voltaram para as salas de aula. Conforme a diretora Célia Regina Zangirolamo Araújo, ontem e hoje são voltados para a recepção dos alunos, enquanto os trabalhos efetivos começam na segunda-feira. "As dinâmicas dos primeiros dias buscam acalmar a alma dos alunos, permitir que eles se sintam pertencentes à escola", enfatiza. Célia salienta que, neste momento, a equipe elabora a sondagem diagnóstica para os sextos anos do ensino fundamental e primeiros anos do ensino médio e os planos de ação para todas as disciplinas. Ao ensino médio, trabalhos intensivos visando à preparação para vestibulares também serão realizados. "Temos profissionais focados em preparar os alunos da melhor forma possível para o Enem e também para o Saresp ", pontua.
A estudante Thaís da Silva Ramos, 15 anos, preferia alguns dias a mais de férias, mas aprovou o primeiro dia do primeiro ano do ensino médio. "Foi um momento de boas-vindas, achei bastante positivo", avalia. O aluno Sérgio Junior, 15 anos, também é ingressante no ensino médio e diz estar animado. "É uma oportunidade de conhecer matérias novas e me preparar para o vestibular", afirma.