A Secretaria Estadual da Educação adquiriu 229.597 mil livros com temáticas da história da África e cultura negra brasileira que serão distribuídos, a partir de abril, para todas as escolas da rede estadual. O objetivo da ação é promover o debate sobre o racismo estrutural e disponibilizar obras com a perspectiva negra, apresentar autores negros, heróis negros, contribuindo para uma educação antirracista. Amanhã, é celebrado o Dia Internacional Contra a Discriminação Racial.
Todas as escolas da rede serão contempladas, as que recebem alunos de Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental, Ensino Médio, Centros Estaduais de Educação para Jovens e Adultos (Ceejas), Classes Provisórias, Curso de Ensino de Línguas e demais vinculadas.
A relação de livros a ser disponibilizada traz alguns sucessos recentes, como “Uma terra Prometida”, de Barack Obama; Amoras, de Emicida (ambos da Companhia das Letras); Caderno de Rimas do João, de Lázaro Ramos (Editora Pallas); e Colecionador de Pedras, de Sergio Vaz (Editora Global).
O secretário da Educação, Rossieli Soares, entende que as escolas cumprem um papel importante na formação de uma sociedade sem preconceitos.
“É fundamental incentivar que os nossos jovens e crianças cresçam propagando respeito e amor ao próximo, como deve ser. Tenho focado neste tema, com ações que fortaleçam a cultura antirracista em nossa rede. A compra de livros sobre este tema para as salas de leituras das escolas estaduais, certamente, fomentará essa cultura”, analisa.
A variedade de títulos atende todas as etapas de ensino. Por exemplo, ‘Princesas Negras’ para os Anos Iniciais, ‘Zumbi Assombra Quem?’ para os Anos Finais, ‘Parem de nos matar’ para o Ensino Médio e ‘Racismo Estrutural’ para os professores”. A equipe técnica de Inclusão Educacional atuou ativamente na escolha dos títulos.
Para combater o racismo estrutural, discutir a escassez de representações negras e apresentar personagens que podem servir de inspiração para o desenvolvimento pessoal no âmbito escolar, o Centro de Inovação da Educação Básica de São Paulo (CIEBP) mantém a Trilha Educação Antirracista.
Além de convidados especiais, os eventos contam com as participações de estudantes dos anos finais e médio, professores e gestores da rede estadual paulista. O programa é mensal e ocorre todas as últimas segundas-feiras de cada mês, sempre às 13h, com transmissão pelo Centro de Mídias São Paulo (CMSP) e redes sociais.