Era do conhecimento

OPINIÃO - Paula Carneiro

Data 09/07/2024
Horário 04:30

 “O poder atual está na teia de relações representada pelo conjunto de informações e conhecimentos disponíveis". Moraes (1997, p.210)
Iniciamos um período de um aprendizado sem fronteiras. Essa nova forma de perceber e compreender a vida implica na compreensão do homem e do mundo de maneira diferente. É a era que prevalece o poder do indivíduo nos mais diferentes sistemas de comunicação e não só os tecnológicos, mas também, os inter, intra e transpessoais. E quem é esse novo aprendiz?
Qualquer pessoa que está no mundo, um ser contextualizado, de relações e humanizado desde que esteja aberto a uma construção ativa de seu conhecimento e, portanto, quando se fala de ações e práticas que constroem o conhecimento, estamos incluindo nelas também uma das fundamentações teóricas mais importantes do século 20 que é a abordagem construcionista de Papert, inspirada e fundamentada no construtivismo de Piaget, sem nos esquecer das teorias de Gardner e a pedagogia social de Paulo Freire.  Assim, a função da escola é de educar a fim de que todos os alunos sejam esses novos aprendizes e agentes transformadores e não apenas de prepará-los para o mundo do trabalho.  Nessa perspectiva, o currículo deve articular a construção do “ser”, a prática do “fazer” e o desafio de “conviver”.
Jack Welch, o oitavo e mais jovem presidente da história da GE, objetivou torná-la a empresa mais competitiva do mundo. Ele sabia que transformar seu sonho em realidade exigiria nada menos que uma revolução. Seus princípios de liderança colocaram a GE em novos desafios como o desafio da inovação e assimilação de novas tecnologias propiciando a busca da informação de maneira global. Tudo isso incluiu também no contínuo investimento do capital humano promovendo assim, na empresa, uma onda de criatividade e participação em massa de seus colaboradores. 
No livro “Os Princípios de Liderança”, no capítulo "Elimine os limites", Welch aconselha: "Mantenha os olhos e ouvidos bem abertos". Acerca disso pretendeu alertar para uma das barreiras mais destrutivas que encontrou e que separavam os colaboradores uns dos outros. Ao envolver e escutar todo mundo remove-se barreiras verticais e horizontais. Deve-se escutar em especial quem está mais perto do dia a dia do trabalho e dos clientes.
Para entrarmos definitivamente nessa era, é preciso reciclar o conhecimento e principalmente os modos de organização da escola, considerando imprescindíveis questões como educação científica, questões socioambientais, as diversidades culturais, as tecnologias digitais e principalmente o fato de que cada ser humano deve ser respeitado nas suas diferenças e estar aberto para inovar, para aprender continuamente e assim trilhar um caminho de evolução e crescimento fortalecendo sempre as competências socioemocionais.
 

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