Entidades representativas do comércio varejista de Prudente estão otimistas para 2025

Acipp e Sincomércio afirmam que em 2024, apesar de alguns desafios econômicos, varejo teve um bom desempenho

PRUDENTE - Cassia Motta

Data 22/01/2025
Horário 04:00
Foto: Maurício Delfim Fotografia
Entidades projetam crescimento ao setor do comércio para este ano
Entidades projetam crescimento ao setor do comércio para este ano

O mercado de consumo vem passando por uma série de transformações significativas, impulsionadas por mudanças econômicas, tecnológicas e comportamentais. Para 2025, as entidades representativas do comércio varejista de Presidente Prudente - Acipp (Associação Comercial e Empresarial de Presidente Prudente) e Sincomércio (Sindicato do Comércio Varejista de Presidente Prudente e Região), acreditam em crescimento do setor.

O presidente da Acipp, Raul Audi Junior, diz que 2024 houve um bom desempenho do varejo no Brasil. “As vendas da Black Friday cresceram 16% em relação ao ano anterior e o Natal 3,4%, de acordo com o Índice Cielo do Varejo Ampliado [ICVA] - dados que indicam que os consumidores estão antecipando suas compras de fim de ano nas promoções de novembro, o que é esperado também em 2025”. 

Para Raul, outras tendências para 2025 estão relacionadas à busca dos consumidores por experiências personalizadas. “Os varejistas estarão atentos a isso, além da tradicional busca por eficiência operacional e redução de riscos, visando um ambiente mais confiável para os negócios”.  

Outro ponto importante para que os lojistas fiquem atentos é a revolução da IA (inteligência artificial), que está em pleno andamento e promete transformar a forma como os consumidores fazem compras. “A inteligência artificial deve ser cada vez mais utilizada para otimizar operações, gerenciar estoques e identificar preferências e tendências dos consumidores. Nesse contexto, os colaboradores serão cada vez mais solicitados em quesitos como criatividade e engajamento”, afirma Raul.

O presidente da Acipp expõe ainda que, quanto ao comércio eletrônico, este deverá seguir crescendo. A Euromonitor International, por exemplo, estima que o segmento eletrônico representará 30% do total do varejo até o fim de 2025. “O varejo está em constante transformação e a Acipp continuará trabalhando para promover uma cultura de aprendizado contínuo, apoiando os empreendedores locais em relação às oportunidades e desafios”.

Sincomércio

Para o presidente do Sincomércio, Vitalino Crellis, o ano de 2024 foi “razoável”, apresentando uma recuperação mais significativa a partir de abril. “Após um início lento, marcado por desafios econômicos, houve uma retomada gradual nas vendas, impulsionada por maior movimentação do mercado e datas comerciais importantes, como o Natal. Esse período foi especialmente relevante, atraindo um público expressivo ao comércio e ajudando a impulsionar os resultados de muitas lojas”.

Segundo Vitalino, as vendas apresentaram melhora após abril, especialmente depois do período inicial do ano, tradicionalmente marcado por despesas elevadas, como IPTU (Imposto Predial, Territorial Urbano), IPVA (Imposto Sobre Propriedade de Veículos) e matrículas escolares. “Para as lojas que conseguiram preservar seu capital de giro, a principal vantagem foi manter suas operações ativas, garantindo as portas abertas e a preservação dos empregos dos colaboradores”, ressaltou o presidente do Sincomércio.

Para 2025, ele espera que os lojistas se mantenham competitivos. “Os encargos sociais aumentaram expressivamente, assim como os custos de reposição de estoques, tornando o cenário desafiador. Apesar disso, a expectativa é que as vendas se mantenham, embora com margens de lucro mais apertadas. Para se manterem competitivas, as lojas precisarão adotar estratégias como manter estoques com preços atrativos e assegurar um fluxo de vendas suficiente para fidelizar sua clientela”.

Fotos: Cedidas

Raul Audi, da Acipp: “O varejo está em constante transformação e a Acipp vai continuar trabalhando para promover a cultura de aprendizado contínuo”

Vitalino Crellis, do Sincomércio: “As lojas vão precisar adotar estratégias para assegurar um fluxo de vendas suficiente para fidelizar o cliente”

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