As doenças do milho denominadas enfezamentos e viroses têm causado danos expressivos nas lavouras, especialmente nas regiões quentes do Brasil, onde a cultura é cultivada em mais de uma safra ao ano. Dentre as recomendações técnicas preconizadas para enfrentamento dessas doenças, está o controle da tiguera de milho (plantas nascidas de forma espontânea, a partir dos grãos de milho que foram perdidos ou de espigas que ficaram na área colhida).
Agrônomo explica
“O controle da tiguera de milho deve ser realizado o mais precoce possível, sendo uma medida preventiva muito importante, já que ele pode abrigar e multiplicar os insetos vetores contaminados (cigarrinhas - Dalbulus maidis e pulgões - Rhopalosiphum maidis), tornando-se uma “ponte-verde” e fonte de inóculos de enfezamentos e viroses para os próximos cultivos de milho”, explica Sandro Lemos Parise, engenheiro agrônomo integrante do Grupo Técnico de Grãos da Cati e responsável pela Casa da Agricultura de Cândido Mota (ligada à CATI Regional Assis), enfatizando que, neste ano, em que foram registrados volumes significativos de chuvas em importantes regiões paulistas produtoras de milho de segunda safra, houve uma influência direta na germinação desses grãos de milho perdidos na colheita, o que reforça a importância e urgência da Campanha Tiguera de Milho Zero.
Pragas e doenças
De acordo com o pesquisador do IAC, Aildson Pereira Duarte, o milho e a soja - principais culturas do Brasil na atualidade - são cultivados em sucessão, já que o milho safrinha, após a soja, corresponde a ¾ da área total deste cereal (16 milhões dos 21 milhões de hectares cultivados no país). Em São Paulo também predomina o cultivo na segunda safra após a soja, ocupando mais de 500 mil hectares, enquanto na safra de verão são cultivados cerca de 300 mil hectares. “Esta sucessão enfrenta desafios crescentes devido ao aumento das pragas e doenças, haja vista que a tiguera de milho é ponte verde entre uma safra e outra. Além disso, a sobrevivência desses insetos e patógenos depende da presença contínua do milho no campo, especialmente a da cigarrinha, que se alimenta e multiplica somente nesta gramínea. Por isso, o controle tardio do milho tiguera é uma das principais causas da ocorrência generalizada e recorrente, o que caracteriza uma verdadeira epidemia de enfezamentos e viroses nas plantas de milho, comprometendo seu potencial produtivo”.
AgriculturaSP/Divulgação
Aildson Pereira Duarte: “Sucessão enfrenta desafios crescentes devido ao aumento das pragas e doenças”
Tiguera de Milho Zero
Sendo assim, por meio da Campanha Tiguera de Milho Zero, a Secretaria de Agricultura intensifica seu trabalho de longa data, de pesquisa e extensão rural, voltado ao desenvolvimento sustentável da cultura do milho, que tem grande importância econômica no Estado de São Paulo, compartilhando com os produtores informações e técnicas para melhor enfrentamento das doenças e adoção de boas práticas de produção.
As providências
“Entre as medidas adotadas pela SAA está a elaboração de recomendações técnicas elaboradas em conjunto pelo IAC, pela Cati e pelo Instituto Biológico, as quais, se adotadas de forma coordenada pelos agricultores nas regiões produtoras, poderão reduzir os prejuízos dessas doenças no milho, bem como melhorar a sustentabilidade econômica e ambiental da produção, com a redução de pulverizações de inseticidas químicos”, ressalta Aildson Pereira.
Ajuda a pequenos e grandes produtores
A produção de leite, independentemente do tamanho da propriedade, necessita de uma estrutura mínima para funcionamento, o que gera um custo fixo. No momento em que a produção de leite cai, o custo por unidade produtiva (seja ela por vaca, por área ou por hora-homem trabalhada) aumenta. Para solucionar esse problema, o produtor tem duas alternativas. A primeira busca insumos mais baratos ou aumento da produção para auxiliar na diluição dos custos fixos, se tornando mais difícil de ser implementada, uma vez que mais de 50% dos custos de produção advêm da nutrição do animal leiteiro que possui um custo baseado por commodities.
Agência Brasil
Há duas alternativas para o produtor solucionar o problema
Somatotropina bovina
A segunda alternativa utiliza ferramentas de fácil acesso e disponíveis para qualquer produtor, a somatotropina bovina (Lactotropin® bST), suplemento injetável que auxilia na produção de leite e está disponível há 30 anos no mercado brasileiro. Com ela as vacas recebem uma aplicação a cada 14 dias, a partir do 60º dia após o parto, até duas semanas antes de sua “secagem”, ou seja, do fim da lactação.
As vantagens
Essa suplementação faz com que haja uma menor perda das células produtoras de leite na glândula mamaria o que melhora a persistência da lactação, além de aumentar o direcionamento de nutrientes que aumentam a produção. O uso eleva 20 % a produção de leite das vacas suplementadas. (Da assessoria de comunicação)