Na tarde de ontem, o Centro Cultural Matarazzo de Presidente Prudente recebeu pouco mais de 50 pessoas, em uma reunião ordinária entre o Núcleo Regional 8 e o CEAPcD (Conselho Estadual para Assuntos da Pessoa com Deficiência), onde foram discutidas problemáticas que envolvem o cotidiano dos deficientes da região. Equipamentos para a saúde e a inserção no mercado de trabalho foram citados na conversa. O evento, que contou com a organização do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência e da Coordenadoria dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Prudente, recebeu pessoas diversas cidades.
O vice-prefeito de Prudente, Douglas Kato Pauluzi (PTB) declara que o propósito da reunião é colher demandas para melhorar a realidade dos deficientes da região. Diante da discussão, afirma que as solicitações serão levadas a nível governamental para que sejam tomadas medidas de resolução.
A respeito de programas para acolher aos deficientes na cidade, o vice-prefeito esclarece que existem em torno de dez instituições que trabalham com autismo, deficiências físicas e intelectuais, dentre outros. Além disso, cita a existência de salas de aula com educação inclusiva, “o que garante um caminho para a inclusão”.
Durante o bate-papo, a presidente do CEAPcD, Maria Helena Mozena, parabenizou os trabalhos desenvolvidos na cidade voltados para a inclusão social. Em meio às considerações, afirma que Prudente é uma das únicas do Brasil que concedeu uma área pública voltada às crianças com deficiência, o que a deixa “bastante feliz”. O espaço mencionado por Maria Helena se refere a um parquinho infantil no Parque do Povo, em que existem brinquedos adaptados.
Ainda durante a conversa, a presidente explica que o encontro entre os núcleos regionais são importantes para debater os problemas que englobam as pessoas com deficiência. Por meio de ações, conta que os representantes desenvolvem trabalhos que contribuem favoravelmente a esse público.
As dificuldades enfrentadas pelos deficientes na região são muitas, conforme explica Luzia Fabiana Sales Macedo, secretária municipal de Assistência Social. Dentre o que observa com mais frequência na cidade, ela cita que a área da saúde continua sendo precária, motivo pelo qual os equipamentos como próteses possuem um preço elevado. “Mesmo com o repasse do Estado ao município, ainda existe uma grande dificuldade de acesso”, expõe.
Outro ponto citado pela secretária é a inserção no mercado de trabalho. Ela diz que as cotas destinadas a essas pessoas são poucas, e que a partir do momento em que conseguem a vaga “não se adequam ao ambiente, o que faz com que se sintam excluídas”.
