Enquanto alguns conseguem se recuperar rápido da Covid-19, há outros que demoram um pouco mais em decorrência das sequelas da doença. É o caso do empresário José César Rodrigues, sócio-proprietário da loja Henro em Presidente Prudente, que passou 75 dias internado no Hospital Iamada, sendo 60 deles em UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Nesta quarta-feira, ele recebeu alta hospitalar, foi saudado por amigos e familiares, e pôde voltar para casa, onde continuará recebendo os cuidados necessários para a sua recuperação.
O esposo e sócio, Edmilson Henares, relata que César apresentou sintomas da doença no dia 1º de maio, no dia 5 do mesmo mês precisou ser internado diante do agravamento do quadro clínico e no dia 8 foi submetido à intubação. “Num primeiro momento ele ficou intubado por 17 dias, uma vez que o comprometimento dos pulmões chegou a 80%, mas após este período ele foi extubado. No entanto, no dia seguinte ele precisou ser intubado novamente e permaneceu por mais ou menos 30 dias”, relembra.
Neste período de batalha pela vida, César teve anemia, duas pneumonias e diante de um agravamento dos rins precisou fazer hemodiálise, que, mesmo após alta hospitalar continuará com o procedimento. “Eu falo que foi Deus na vida dele, pois os médicos já não acreditavam mais diante do estado grave em que ele se encontrava. Nós permanecemos em oração e ele conseguiu sair dessa”, diz o esposo. “A gente não pode deixar de ter fé e de acreditar que vai dar certo”, reforça.
O médico infectologista, Alexandre Martins Portelinha Filho, um dos responsáveis pelo acompanhamento hospitalar do empresário, detalha que o caso foi um dos mais graves do hospital. Isso porque o empresário ficou internado praticamente 70 dias e quase todo este período em terapia intensiva. “Foi um caso bastante difícil, mas graças a Deus ele pôde voltar para casa. A fase de recuperação ainda vai demorar, mas daqui para frente ele ter uma vida saudável”, descreve.
O médico intensivista, Marcelo Valio, por sua vez, detalha que a alta do empresário representa um orgulho para a equipe. “É um trabalho multidisciplinar e que envolve vários profissionais. A alegria de devolver um paciente para sua família é o motivo que faz a gente continua trabalhando”, enfatiza.