Na semana passada, este jornal noticiou sobre a morte de um menino de 11 anos, morador de Presidente Venceslau, que estava internado no HR (Hospital Regional) Doutor Domingos Leonardo Cerávolo após ser atropelado por um motorista na Avenida Tiradentes, naquele município. Embora o garoto tenha sido socorrido, recebido todos os cuidados por parte da equipe médica e multiprofissional do hospital em Presidente Prudente e estivesse em acompanhamento na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Pediátrica da unidade, ele não resistiu aos ferimentos.
Este triste desfecho teve início na noite do dia 29 de outubro, quando o rapaz caminhava pelo meio-fio da calçada e, inesperadamente, foi atingido por um carro que trafegava em alta velocidade. O motorista fugiu sem prestar socorro e, mais tarde, foi preso em flagrante pela polícia. Toda a cena descrita poderia ter sido evitada se esse condutor não tivesse pego o volante depois de consumir bebida alcóolica. Parece uma afirmação óbvia – mas por que tão impraticada?
É inaceitável que, mesmo após frequentes campanhas sobre a necessidade de não combinar álcool com direção, tragédias como essas continuem acontecendo, revelando a imprudência de muitos quando se trata de segurança no trânsito. Uma criança foi tirada de sua família e teve seus sonhos interrompidos devido à negligência de um condutor que não estava em condições para dirigir naquele momento e, ainda assim, insistiu no ato, colocando vidas em risco e causando um acidente fatal.
Embora esse tipo de fato infeliz não devesse ocorrer para que tivéssemos um exemplo, é fundamental que motoristas repensem seu comportamento na hora de assumir a direção. Conduzir um veículo parece ser um procedimento rotineiro banal, inocente, mas se não levado a sério pode sacrificar vidas, sobretudo após aquela “cervejinha” que também aparenta ser inofensiva.
Enquanto a conscientização sobre o tema não for geral, acidentes fatais continuarão ganhando páginas de jornais, dilacerando famílias e impondo o vazio em muitos lares. As vítimas de atropelamentos em decorrência de embriaguez ao volante não estão no lugar errado, na hora errada. São os motoristas bêbados que estão no lugar errado, na hora errada, pois sequer deveriam entrar um veículo após o consumo de álcool. Já passou da hora de comportamentos como esse serem revistos e evitados. Nenhuma vida merece ser roubada pela irresponsabilidade alheia.