Em Rancharia, 56% do esgoto recebe tratamento

Em 2012, uma obra foi iniciada para manutenção nas estações, mas foi paralisada no ano seguinte; prefeito busca recursos

REGIÃO - THIAGO MORELLO

Data 14/04/2017
Horário 10:33
 

Há cinco anos, 75% do esgoto era tratado em Rancharia. No entanto, hoje, a realidade é bem diferente, visto que 56% passam pelo tratamento. A redução se deu por conta de uma obra que foi iniciada em 2012, para manutenção das estações de tratamento de água e esgoto da cidade, que foi paralisada no ano seguinte e até então não teve a retomada dos trabalhos. Diante do fato, o prefeito Alberto César Centeio de Araújo, Iéia, (PSDB), se reuniu no fim de março, com o DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) do Estado de São Paulo, em busca de recursos para dar sequência às reformas necessárias.

"Na época, o governo do Estado liberou uma verba de R$ 3 milhões, a fim de que as obras fossem iniciadas, a partir do programa Água Limpa. A manutenção ficou por conta de uma empresa terceirizada. No entanto, um ano depois, o serviço foi interrompido, pois a companhia responsável faliu e, desde então, nenhuma outra foi contratada para terminar as modificações", explica o prefeito. Ainda de acordo com ele, uma que vez os trabalhos foram paralisados, 2 das 7 lagoas onde o esgoto é destinado estão abandonadas, pois não há condições para realizar o trato. Isso explica o porquê da redução ter sido tão grande, comportando apenas 56%.

Para que todas as lagoas retornem à ativa, é necessário o montante de R$ 8 milhões, a fim de que o projeto seja concluído. Projeto esse que foi alterado e apresentado ao secretário de Estado do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e também à Secretaria de Estado de Saneamento e Recursos Hídricos, durante o encontro. Segundo Iéia, na reunião, foi explicado que a ideia é transformar o atual sistema de tratamento da cidade em um jardim filtrante. "O que seria isso? A água é filtrada de forma subterrânea e em cima é feito um jardim. Esse é um método francês, que tem funcionado e mostrado uma boa aceitação, por causa da estética que traz, não deixando o esgoto exposto, além do reaproveitamento da água de forma mais eficiente. Além disso, hoje, o principal problema é a destinação do lodo. Com este novo modelo, a dificuldade se ameniza", detalha.

Conforme dito pelo prefeito, na atualidade, o tratamento depende de sete lagoas que estão concentradas no município. "Na verdade, ao todo, são oito, no qual uma delas está localizada no Jardim América, separada de todas as outras. Dentro do novo plano, o objetivo é eliminá-la e deixar todo o sistema das estações focado em um único lugar", completa.

Mas, para que o projeto se concretize, é necessário que o mesmo seja aprovado e o recurso liberado. Iéia afirma que o Estado sinalizou uma liberação de metade do valor solicitado, com o repasse previsto para ocorrer entre setembro e outubro. "Estamos esperando uma carta chegar, oficializando e confirmando a verba. Sendo assim, os R$ 4 milhões serão entregues e as demais despesas ficarão por conta do município. Quando isso ocorrer, os trâmites das obras já poderão ser retomados", aponta o prefeito.

 

Estado

O DAEE confirmou, à reportagem, o encontro realizado com o prefeito. O departamento informou também que a previsão para efetuar o repasse é no segundo semestre deste ano, no valor de R$ 4 milhões. "Vale ressaltar que o tratamento do esgoto de Rancharia é importante para a meta do governo do Estado de universalizar o saneamento no Estado de São Paulo", completa.

 
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