A Prefeitura de Presidente Prudente promoveu, na manhã de ontem, no Ceforppe (Centro de Formação Permanente dos Profissionais da Educação de Presidente Prudente), a apresentação pública do projeto de construção da ciclovia da zona oeste da cidade, que liga o Jardim Monte Alto ao bairro Ana Jacinta. Conforme informações da Secom (Secretaria Municipal de Comunicação), quase 25 km de área exclusiva para a utilização de bicicletas são construídos no município. Durante o evento, que contou com a participação de ciclistas, população em geral, além de representantes dos poderes Executivo e Legislativo, o prefeito Nelson Roberto Bugalho (PTB), ressaltou que a ciclovia “não gera risco aos usuários e demais moradores”.
Ao todo, a ciclovia do Jardim Monte Alto ao Conjunto Ana Jacinta (Avenida Manoel Goulart e Rodovia Comendador Alberto Bonfiglioli) contempla 6,7 km de extensão, com a previsão de entrega para outubro deste ano. De acordo com o engenheiro autor do projeto, Jorge Guazzi, diferentemente do que foi proposto na ciclovia desativada no início do ano, na zona norte da cidade, esta possui um sistema de proteção lateral que passa mais segurança ao ciclista. “Não que aquela ciclovia estivesse errada, mas, em função do acidente, a Prefeitura resolveu adotar outros critérios, principalmente com a redução da velocidade dos veículos, dando prioridade aos condutores de bicicletas”, afirma.
Ainda segundo Jorge Guazzi, a escolha pelo canteiro central para a elaboração da ciclovia é para evitar o conflito dos ciclistas com os lindeiros e para não ocorrer choque com o transporte coletivo, carros e pedestres. Ao ser questionado sobre os postes de iluminação localizados no canteiro central da via, o engenheiro afirmou que os ciclistas deverão desviar dos mesmos no trecho que compreende a Comendador Alberto Bonfiglioli.
Por sua vez, o chefe do Executivo expôs, na apresentação, que a ciclovia, do modo como é executada, oferecerá mais segurança, e que a possibilidade de desapropriar uma área para evitar o estreitamento da via seria inviável. “Se tivéssemos dinheiro seria excelente, porém, não podemos ignorar a realidade. Nos trechos onde há barrancos laterais, talvez tenhamos que reduzir a velocidade para 50 km/hora, no entanto, qual o problema desta medida em 400 metros?” questiona. É notável que no local, há também um grande fluxo de veículos, mas, segundo o prefeito, serão apresentadas rotas alternativas para os condutores que por ali trafegam. “Há a conversão à esquerda aqui nesta área, mas um carro ocupar uma parte da avenida é um ‘absurdo’. Para realizar o retorno será preciso fazer a conversão em um dispositivo para a segurança de todos no trânsito”, expõe.
A situação também foi lembrada pelo presidente dos bairros Parque Shiraiwa, Jardim Tropical e Itaipu, Paulo Roberto Silva. “Não somos contra a ciclovia, mas ao estreitamento que ela causará no espaço das vias. Em horário de pico é um caos, estamos preocupados com os acidentes”, lembra. O presidente dos bairros citou como alternativa a construção de uma passarela para que “vidas não sejam ceifadas futuramente”, apesar de lembrar que se existissem recursos para a construção lateral da passagem dos ciclistas seria o ideal.
“Não que aquela ciclovia estivesse errada, mas, em função do acidente, a Prefeitura resolveu adotar outros critérios, principalmente com a redução da velocidade dos veículos, dando prioridade aos condutores de bicicletas”
Jorge Guazzi,
engenheiro
Outros trechos
A área inaugurada no dia 12 deste mês, que compreende o Lar dos Meninos até o Jardim Cobral, possui 3,5 km de extensão. Já a ciclovia do Jardim Estoril ao Jardim Morada do Sol tem 3 km de extensão e está com 90% das obras concluídas. Por fim, a ciclovia zona norte - zona leste, que contorna a linha férrea, possui 10 km de extensão e faltam 70% para que as atividades sejam finalizadas e entregues.