Ele acordou cedo, bocejou, esticou os braços com as mãos abertas, botou primeiro o pé direito no piso do quarto (sim, era supersticioso) e, na sequência, pôs o pé esquerdo. Ficou sentado na cama por alguns minutos. Depois, finalmente, colocou-se de pé. Enfim, estava levantado o nosso ilustre.
Antes de dirigir-se ao banheiro para cuidar da higiene, ele deu uma espiada no celular. Conferiu as mensagens dos amigos, deu uma olhadela nos jornais digitais e, em seguida, escovou os dentes e tomou banho. Uma ducha para espantar o sono.
Depois de banhar-se (banhar-se?) fez a barba, mas manteve o bigodinho ralo cada vez mais raro no Brasil de hoje em dia e de hoje em noite. Não se esqueceu do desodorante e espargiu o "trem" várias vezes nos sovacos. Também não se esqueceu de "jogar" umas gotas de perfume francês.
Completada a higiene pessoal ele voltou ao quarto e abriu o guarda-roupa. Lá estavam dezenas de belas camisas, paletós, calças, gravatas e o escambau. Ficou em dúvida na hora de escolher a vestimenta (ô palavra bonita, sô!). Lembrou Noel Rosa: "Com que roupa eu vou ao samba que você me convidou".
Optou por uma camisa comunista, quer dizer, vermelha, paletó amarelo "cheguei" (tinha mania de artista), calças azuis e sapatos brancos, mesmo sem ser médico. E a gravata? Borboleta em homenagem à ecologia. Com aquela indumentária (outra palavra bonita) ficou mesmo com pinta de artista, coisa de fazer inveja do Coringa.
Depois de se "produzir" o ilustre saiu do quarto para tomar o café da manhã na cozinha. Ele mesmo coou o café, esquentou o leite e preparou a manteiga com pão, quando o recomendado pelos médicos é pão com manteiga.
Antes de pegar o carrão importado na garagem da mansão para ir pro trabalho, o prezado decidiu conferir como estava o seu "visual" pra lá de colorido. Ele se olhou em um enorme espelho no corredor. Se viu de alto a baixo com ar superior. Fez caretas, muxoxos, passou a mão no bigodinho e, exultante, falou: "Eu me amo!"
DROPS
Se o curto-circuito já faz um grande estrago, imagine o longo-circuito.
Cebola nos olhos dos outros é colírio.
Tal avô, tal neto.
Os calos são produzidos por sapatos de qualquer cor.
(Barão de Itararé, humorista)
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