Educação no trânsito ainda está longe de ser a ideal...

EDITORIAL -

Data 14/06/2023
Horário 04:15

Ao entrar em um veículo, antes mesmo de verificar se ele está no ponto morto e de dar partida, é preciso colocar o cinto de segurança. O uso é obrigatório, e isso é aprendido ainda nas aulas da autoescola. Dirigir sem ele é considerada uma infração grave, que acarretará além de multa no valor de R$ 195,23, mais cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação. 
A penalidade pode ficar ainda mais séria se for uma criança sem a utilização do equipamento: a infração passa a ser gravíssima, com multa de 293,27 e sete pontos a mais. Mas o principal, além do prejuízo financeiro e de todo o transtorno que o acúmulo de pontos na CNH pode causar, é a questão da segurança. Das mortes a serem evitadas. Quantas pessoas perdem suas vidas no trânsito por não estarem fazendo o uso do cinto? E ele é necessário, tanto para quem está na frente, quanto para o passageiro de trás. 
Mas os motoristas não dão a devida atenção. A falta do cinto se segurança é hoje uma das infrações mais comuns nas rodovias brasileiras. Neste último feriado, conforme balanço da 2ª Companhia de Policiamento Rodoviário, divulgado na edição de ontem, as autuações pela ausência do equipamento na região cresceram 31%, em relação ao mesmo período do ano passado: 312 condutores foram autuados neste ano e 238 em 2022.
A operação, que teve início na quarta-feira e foi finalizada às 23h59 de domingo, nas regiões de Presidente Prudente, Dracena e Presidente Venceslau, trouxe ainda outros dados preocupantes: uma alta de 21,09% em multas por ultrapassagens proibidas; 26% por uso de celular; e de 13,21% nas infrações detectadas em imagens por radar. 
Atitudes estas inadmissíveis no volante. A maioria dos acidentes é causada por falha humana, por puro descuido e falta de responsabilidade, e poderia ser evitada. Como dirigir, digitando ou falando no celular? Como ultrapassar em um local proibido, que não te dê visibilidade? Pra que andar além da velocidade permitida? Não quer se atrasar, saia antes do horário. Como colocar sua vida, de quem você ama ou do próximo em risco? Por mais que as campanhas de conscientização continuem a acontecer, a educação no trânsito ainda está longe de ser a ideal. E pode começar ainda na infância.
Além de informações sobre placas e comportamento, as crianças (em casa e na escola) devem aprender e praticar mais sobre valores, como respeito, responsabilidade e a questão ambiental. Leis e regras existem para serem cumpridas. Não foram criadas à toa. Treine isso com os pequenos. Orientação precoce evita acidentes e prepara futuros condutores! Seja uma referência nessa formação!
 

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