Edgar Allan Poe e o conto “O gato preto”

Edgard Allan Poe (1809-1849) nasceu em Boston, Massachusetts, e faleceu em Baltimore, Maryland. O autor, poeta, editor e crítico literário americano foi integrante ativo do movimento romântico americano, tendo sido conhecido por suas histórias que envolvem o mistério e uma espécie de humor macabro. 
Allan Poe foi um dos primeiros escritores americanos de contos e, geralmente é conhecido como precursor e inventor do gênero de ficção policial, recebendo também o crédito pela contribuição ao emergente gênero de ficção científica. Destaca-se com o seu conto “A carta roubada”, “O corvo”, “Pequena conversa com a Múmia”, “O gato preto” etc. 
Seu trabalho magnifico aparece ao longo da cultura popular e permanece imortalizado na literatura, música, filmes e televisão. Muitas casas das quais viveu, hoje são museus visitados por fãs de seu estilo. Edgar Allan Poe teve uma história complexa e cheia de reviravolta. Ficou órfão de mãe ainda jovem, logo após o pai abandonar a família. Foi morar com a família Allan, da Virginia, mas nunca foi formalmente adotado. Sua vida familiar foi tumultuada, principalmente com o pai adotivo. 
Tive a oportunidade de estudar e refletir sobre alguns contos dele. São instigantes e curiosos, ricos em detalhes, estimulando o chegar ao término. “O gato preto” é uma crítica sobre a natureza humana e sobre a escuridão presente nos indivíduos, manifestando, principalmente, o desejo pela violência-física e emocional. Eu fiquei atônita, ao lê-lo. Observei que os transtornos mentais necessitam de seu diagnóstico precoce; e de acolhimento específico. E que a perversidade é infinita em seus diferentes desdobramentos. 
O próprio autor confessa que “Sei que a perversidade é um dos instintos primitivos do coração humano-uma das faculdades ou sentimentos primários indivisíveis que orientam o caráter, do Homem”. Vale a pena lê-lo. Ele foi escrito em 1843. Estamos em 2025 e a perversidade avança alastrando em progressão geométrica. Quando lia o conto “O gato preto”, surgiam rumores de uma realidade cruel, mais parecendo ficção, sobre o envenenamento de toda uma família e outras. Estamos submetidos a um aumento exponencial relativo à insegurança. 
O conto “O gato preto” se repete constantemente na contemporaneidade. Lembrei, para finalizar, da carta do apóstolo Paulo, em Coríntios 13-1, que diz assim: Ainda que eu falasse línguas, as dos homens e as dos anjos, se eu não tivesse a caridade, seria como bronze que soa ou como címbalo que tine (sem amor). Ainda que tivesse o dom da profecia, o conhecimento de todos os mistérios e de toda a ciência, ainda que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tivesse a caridade, nada seria... A caridade é paciente, a caridade é prestativa, não é invejosa, não se ostenta, não se incha de orgulho.... Não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade...”.
 

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