No nosso cotidiano, estamos acostumados a comprar um produto, consumi-lo e, posteriormente, descartá-lo no lixo. Fomos criados e educados dessa forma. Contudo, esse processo, conhecido como economia linear, apresenta um sério agravante: a geração de resíduos sólidos. Um problema ainda mais preocupante surge com a seguinte questão: será que teremos espaço suficiente para destinar todo esse lixo? Há uma crescente preocupação em relação ao lixo e ao seu descarte adequado, devido ao impacto ambiental significativo que ele provoca.
Esse tema tem sido amplamente debatido e frequentemente abordado nos noticiários. Embora pareça simples resolver a questão encontrando um lugar para descartar o lixo, sabemos que a solução não é tão fácil assim. Uma das formas de abordar esse problema é migrar de uma economia linear para uma economia circular.
Mas, primeiramente, é importante entender o que é a economia circular. De acordo com Ellen MacArthur Foundation, trata-se de um sistema no qual os materiais nunca se tornam resíduos. A premissa central é que os materiais sejam continuamente mantidos em circulação, seja por meio de reutilização, reforma ou reciclagem. Em outras palavras, o objetivo é não produzir lixo. Pode parecer algo muito complexo à primeira vista, mas será que isso já está em funcionamento? A resposta para esse questionamento é: sim! A seguir, explicarei como isso funciona no nosso dia a dia.
Recentemente, passei por uma situação que me chamou a atenção e está diretamente relacionada à economia circular. Fui a uma loja de perfumes e, de forma muito gentil, a vendedora me informou que, caso eu tivesse três frascos de perfume vazios, poderia levá-los à loja e, como consequência, receberia um desconto na próxima compra. Esse é um exemplo claro de economia circular, onde a empresa incentiva a reutilização e a reciclagem de materiais. Nesse caso, o cliente ainda é bonificado por contribuir com o cuidado ao meio ambiente, mostrando como práticas sustentáveis podem ser vantajosas para todos os envolvidos.
O mais surpreendente é que as práticas de economia circular não são recentes. Uma situação comum no nosso dia a dia ocorre com as pessoas que estão familiarizadas com a compra de refrigerantes em garrafas de vidro. Nesse caso, para adquirir um novo refrigerante, é necessário devolver o frasco vazio. Esse é um exemplo simples e clássico de economia circular, algo que já faz parte do nosso cotidiano há bastante tempo.
O grande desafio é educar a nós mesmos e às gerações mais jovens sob as premissas da economia circular, já que a educação é o ponto de partida para a adoção desse modelo. É importante refletir sobre a cobrança crescente da sociedade em relação às práticas sustentáveis adotadas pelas organizações. No entanto, também é importante questionar se nós, como cidadãos, estamos realmente fazendo a nossa parte para construir um mundo sustentável.