Dados do IEA (Instituto de Economia Agrícola) apontam que o valor movimentado com a produção das principais culturas no EDR (Escritório de Desenvolvimento Rural) de Presidente Prudente, em 2016, foi de R$ 1.878.575.527,92, indicando a importância da agricultura para a economia da localidade. As estatísticas reforçam que, mesmo com a perda da força da produtividade de algumas culturas, não houve sua extinção.
Entre as lavouras com destaque neste montante está a cultura da alface, com a produção em R$ 447.892,48; o feijão, com o gasto na produção de R$ 3.078.049,80; o algodão em caroço, com a quantia R$ 7.949.635,00; café beneficiado, com R$ 13.215.762,60; batata-doce, em R$ 66.988.096,14; leite, com R$ 79.257.150,00; amendoim em casca, com R$126.836.164,48; milho, com R$ 134.282.826,00; soja, em R$ 161.860.636,80; e a principal cultura, cana-de-açúcar, com R$ 1.284.659.314,62.
A evidência da cana na listagem não foi instantânea. Com a vinda das usinas de açúcar e álcool na região do Pontal do Paranapanema, na década de 1980, o ápice da produção foi no início dos anos 2000, conforme o presidente do Sindetanol (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas e Fabricação de Álcool, Etanol, Bioetanol e Biocombustível de Presidente Prudente e Região), Milton Ribeiro Sobral. “Porém, há cinco anos houve um retrocesso de quase 50% das empresas do segmento. Deduzo que algumas fecharam por problema de administração, dificuldade com preços de produtos ou até mesmo com a importação de etanol” expõe.
Entre os benefícios das usinas citados por Milton está o aumento dos empregos, desenvolvimento econômico e aquecimento do comércio. “Quando uma empresa deste ramo fecha as portas, pode-se perceber que os níveis de emprego também caem”, destaca. Entre as evoluções sentidas por este cultivo, Milton cita os cortes que antes eram manuais e hoje são quase 100% mecanizados. “Quando a colheita é feita braçalmente é preciso realizar a queima da palha, que é prejudicial ao meio ambiente. Agora, com a mecanização, os trabalhadores que eram deste setor foram remanejados para outras áreas e se atualizaram para continuare ativos no mercado”, afirma.
Além do corte, o plantio, adubação e colheita são feitos atualmente de maneira automatizada para reduzir os custos da empresa nas suas culturas. Mesmo depois dos altos e baixos, a expectativa para o futuro do setor sucroalcooleiro, conforme Milton, é de que continue se fortalecendo, já que toda a produção é realizada pensando no meio ambiente.