Os servidores públicos estaduais de Presidente Prudente receberam estarrecidos, nesta semana, a informação de que a Santa Casa de Misericórdia da cidade encerrou o contrato com o Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual) O hospital, que já há algum tempo só atendia nesta modalidade casos de urgência e emergência, agora não oferece mais nenhum tipo de atendimento aos usuários.
A situação trouxe uma enorme preocupação aos servidores estaduais, que, mensalmente, têm descontado em suas folhas de pagamento um percentual que é revertido ao Iamspe. No entanto, apesar de contribuírem para a manutenção do instituto, no momento em que necessitam utilizar o convênio, frequentemente precisam lidar com óbices, como demora e dificuldade para marcar exames, impossibilidade de realizar cirurgias eletivas, entre outras dificuldades.
De acordo com a Santa Casa, a decisão de encerrar o contrato com o Iamspe se deu porque as partes não chegaram a um consenso no tocante às tabelas de pagamento dos procedimentos. O instituto alega, por sua vez, que o encerramento do contrato de credenciamento partiu do hospital, e informa que, além de insistir na permanência do atendimento por parte da Santa Casa, o Iamspe também abriu editais em busca de credenciar unidades hospitalares para a região, que encerrou sem inscritos.
Infelizmente, essa falta de interesse das unidades de saúde em se credenciar ao instituto deve-se às tabelas de pagamento ofertadas. Portanto, o ideal é que haja um aporte nesses valores, para que o credenciamento se torne atrativo. Fato é que, conforme o instituto, quem é da maior cidade da região deve procurar atendimento hospitalar em cidades próximas, como Presidente Venceslau, Presidente Bernardes, Rancharia e Santo Anastácio. Mais uma vez, quem “paga o pato” é o usuário, que todo mês tem o percentual destinado ao Iamspe rigorosamente descontado de sua folha de pagamento, mas não consegue ter acesso digno aos atendimentos de saúde.