Doutrina Católica e Armas de Fogo

OPINIÃO - Sandro Rogério dos Santos

Data 26/06/2022
Horário 05:00

Lê-se no Compêndio da Doutrina Social da Igreja (DSI): “A DSI propõe a meta de um ‘desarmamento geral, equilibrado e controlado’. O enorme aumento das armas representa uma ameaça grave para a estabilidade e a paz” (508). “Medidas apropriadas são necessárias para o controle da produção, da venda, da importação e da exportação de armas leves e individuais, que facilitam muitas manifestações de violência” (511). De acordo com a DSI, os papas têm-se manifestado:

+ Francisco: “Nós realmente queremos a paz? Então, vamos banir as armas para não ter que viver no medo da guerra” (29/4/2018). Rezemos “pelos responsáveis das nações, para que se empenhem decididamente em pôr fim ao comércio de armas, que provoca tantas vítimas inocentes”... é “absurda contradição falar de paz, negociar a paz” e, ao mesmo tempo, “permitir e promover o comércio de armas” (Junho/2017).

+ Bento XVI: “Não se pode restabelecer a justiça, criar uma nova ordem e instaurar uma paz autêntica, quando se recorre ao instrumento da violência... Em nome de Deus, dirijo-me a todos os responsáveis desta espiral de violência, para que todas as partes abandonem as armas imediatamente! (Angelus, 30/7/2006). “Enquanto houver o risco de uma ofensa, o armamento dos Estados será necessário por motivos de legítima defesa – respeitando o “princípio de suficiência”, isto é, ter apenas as armas necessárias para defesa de territórios e cidadãos – (...) Os Estados são chamados a renovar o seu compromisso... sobre o desarmamento e o controle de todos os tipos de armas... são necessários todos os esforços contra a proliferação das armas ligeiras e de pequeno calibre... (Mensagem, 10/4/2008).

+ São Paulo VI: “Cresce também de modo desmesurado o municiar-se, com armamentos de todo o gênero; temos a suspeita fundamentada de que o comércio das armas atinge muitas vezes níveis de primado nos mercados internacionais, com base neste obsessivo sofisma: a defesa, mesmo se for simplesmente hipotética e potencial, exige uma concorrência crescente de armamentos, que, no seu equilíbrio contraposto, são a única coisa que pode garantir a Paz... “As armas e as guerras, numa palavra, são coisas que hão de ser excluídas dos programas da civilização” (As Verdadeiras Armas da Paz - Mensagem do 9º Dia Mundial da Paz, 1/1/1976).

+ São João Paulo II: Do mesmo modo que a paz, o mundo deseja também o desarmamento. O mundo precisa do desarmamento... O ensinamento da Igreja católica é, portanto, claro e coerente. Deplora a corrida aos armamentos (Mensagem à ONU, 7/6/1982).

Seja bom o seu dia e abençoada a sua vida. Pax!!!
 

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