Dono de boate é preso por incêndio em veículos
“O caso causou perplexidade, mas o mais importante é que está tudo sendo resolvido", completa. A reportagem tentou contato telefônico com a boate mencionada pelo delegado, mas ninguém atendeu ao telefone.
Três homens foram presos na madrugada de terça para quarta-feira, acusados de serem os responsáveis pelos incêndios em três veículos durante o final de semana, em Panorama. Um suspeito, que também teria participado da ação, continua foragido. Um dos presos é um dos proprietários de uma boate localizada no município e os outros dois teriam sido contratados para atear fogo nos carros. Outro proprietário da boate, que continua foragido, também teria sido um dos mandantes dos crimes. A informação é do delegado responsável pela Delegacia de Panorama, Eliandro Renato dos Santos.

Um dos veículos incendiados em Panorama era propriedade do delegado do município
"No mês passado houve uma operação na cidade, com o objetivo de combater diversos crimes, entre eles a prostituição, e foi constatado um caso de exploração de prostituição nesta boate, que levou a instauração de um inquérito e isso teria motivado os ataques durante o fim de semana", detalha o delegado. Segundo ele, o Conselho Tutelar e o Judiciário também teriam participado da ação. Os acusados tiveram decretada a prisão temporária por 30 dias, enquanto o inquérito continua em andamento.
"Nunca tinha passado por uma situação dessa magnitude aqui na cidade", destaca Santos. "O caso causou perplexidade, mas o mais importante é que está tudo sendo resolvido", completa. A reportagem tentou contato telefônico com a boate mencionada pelo delegado, mas ninguém atendeu ao telefone.
Carros em chamas
Um VW/Gol, na madrugada de segunda-feira, um Citroën Xsara Picasso e um Chevrolet/Agile, na madrugada da última sexta-feira foram os veículos incendiados no fim de semana em Panorama. O Chevrolet/Agile era de propriedade do delegado do município.
Em todas as ocasiões, moradores dos bairros onde os ataques foram efetuados ajudaram a apagar as chamas. Desde o início, as investigações levavam em conta que os casos estariam interligados. "Nós entendemos que há ligação, pois o modus operandi é o mesmo", afirmou Santos em reportagem publicada na terça-feira.
Na tarde de segunda-feira, o delegado, o promotor de Justiça do município, Daniel Magalhães Albuquerque Silva, e representantes da Polícia Militar haviam se reunido na delegacia da cidade para discutir as linhas de investigação a serem tomadas no caso.