Doença de Alzheimer e demências 

OPINIÃO - Sergio Munhoz Pereira

Data 02/10/2024
Horário 04:30

Frequentemente demência e a doença de Alzheimer são mencionadas juntas. Compreender a diferença será importante para identificar sintomas, obter diagnósticos mais específicos e especialmente adotar condutas adequadas já que são as pessoas idosas mais afetadas em ambas condições.
Explicando:
Demência é um termo genérico utilizado para descrever vários sintomas que afetam funções cognitivas, especialmente a memória e a linguagem, de forma progressiva. 
A demência pode ser causada por várias doenças e também por situações que resultam em danos ao cérebro, como a doença de Alzheimer, demência vascular, demência com corpos de Lewy, demência frontotemporal. 
Os prejuízos causados pelas demências são grandes, pois afetam o dia a dia das pessoas na capacidade de realização de atividades de vida diária, diminuindo sua autonomia. 
A doença de Alzheimer é uma das causas mais comuns de demência, sendo responsável por cerca de 60% dos casos. Trata-se de uma doença neurodegenerativa progressiva, que afeta o cérebro, levando à perda gradual da memória e de outras funções cognitivas.
Em algumas situações, como na demência vascular, os sintomas podem surgir de forma abrupta após um derrame, o que pode resultar na queda cognitiva, evoluindo com quadro de demência. Já a progressão da demência da doença de Alzheimer costuma ser mais lenta e previsível.
Um diagnóstico diferencial preciso é fundamental para garantir que a pessoa idosa receba o tratamento e o apoio adequados. 
Embora ainda não haja cura para a doença de Alzheimer ou outras formas de demência, intervenções precoces podem ajudar no controle dos sintomas, melhorar a qualidade de vida e prolongar a autonomia do indivíduo. 
O tratamento pode incluir medicamentos, terapias cognitivas e comportamentais, além de suporte psicológico, tanto para a pessoa afetada quanto para seus cuidadores.
Entender as diferenças entre demência e doença de Alzheimer é importante não apenas para profissionais de saúde, mas também para familiares e cuidadores que lidam diariamente com pessoas afetadas por essas condições. 
O conhecimento sobre essas diferenças pode contribuir para uma boa abordagem, facilitando a adaptação às necessidades específicas da pessoa idosa e promovendo um ambiente de cuidado mais adequado.
Ao reconhecer que a doença de Alzheimer é uma das causas mais comuns de demência, mas não a única, é possível buscar um diagnóstico mais preciso e, consequentemente, um cuidado mais direcionado. 
Dessa forma, podemos melhorar a qualidade de vida das pessoas idosas que vivem com demência e de seus familiares, proporcionando o suporte necessário para enfrentar os desafios dessa condição.
 

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