Não existe momento mais propício para o tema de hoje deste editorial: doação de medula! Estamos no segundo mês do ano, aquele que é dedicado à campanha Fevereiro Laranja, que visa conscientizar as pessoas sobre a leucemia. Uma doença que não escolhe cor, classe social, nem idade. Vemos jovens, adultos, idosos e até mesmo crianças sendo acometidas pela doença. Tendo que passar pela fase terrível da descoberta e depois ainda do tratamento que, muitas vezes, requer um transplante.
Dados do Inca (Instituto Nacional de Câncer) apontam que, para cada ano do triênio 2020-2022, serão diagnosticados, no Brasil, mais de 10 mil casos novos de leucemia. E a campanha vem para alertar não só sobre possíveis sintomas, como também para focar na prevenção, conscientizar sobre a necessidade de exames e, principalmente, sobre a importância da doação de medula óssea.
Na edição de ontem, trouxemos a história da geóloga Bruna Bortoluzzi Miraya, 33 anos, natural de Álvares Machado, que está há cinco anos na luta para superar uma doença rara, conhecida por síndrome mielodisplásica. Um grupo de distúrbios causados quando algo reduz ou interrompe a produção de células sanguíneas, podendo levar à leucemia aguda.
Desde maio de 2020, Bruna necessita fazer transfusões de sangue constantes para se manter minimamente bem. Parou completamente sua vida para tratar a doença. Sua única possibilidade de cura? O transplante! Ela é mais uma entre milhares de pessoas no país que aguardam por uma medula compatível.
Conforme dados do Redome (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea), a probabilidade de encontrar um doador é de um para cada 100 mil habitantes. Por isso, quanto mais pessoas cadastradas, maiores serão as chances dos pacientes que aguardam na fila.
Para se cadastrar, é muito simples, é só ir ao hemocentro da rede mais próximo a sua cidade. Em Presidente Prudente, ele fica na Santa Casa, e funciona das 7h às 12h, de segunda a sexta-feira.
O doador tem que ter entre 18 e 35 anos, não ter antecedente de câncer, e estar em bom estado de saúde. No hemocentro é feito um cadastro com os dados do doador, depois são coletados 5 ml sangue para que seja feita a tipagem de medula. Os dados então ficam disponíveis no Redome para todos aqueles que precisarem.
Caso haja um doador compatível em qualquer lugar do país, o mesmo é acionado, lembrando que todas as despesas de deslocamento e hospedagem ficam por conta do Ministério da Saúde.
A doação de medula óssea é um gesto de amor que salva vidas. Não custa nada, mas vale muito!