Ingressar no ensino superior é um momento repleto de sonhos. Mas já pensou começar o curso sabendo exatamente o que deseja fazer após terminar os estudos? Para o ex-aluno do curso de Publicidade e Propaganda da Unoeste Diego Gurgel a resposta sempre foi muito definida. “Eu quero publicar na National Geographic, Discovery Channel, quero viajar pela Amazônia e fotografar comunidades indígenas, populações ribeirinhas. Eu quero falar sobre a Amazônia”. E o desejo se tornou realidade! No próximo mês, o fotógrafo terá suas fotos veiculadas em uma série da Discovery.
Diego trabalha como repórter fotográfico, desde 2007, no estado do Acre. “Nesse tempo eu faço o que eu respondi para minha mãe ainda antes de começar a faculdade. Hoje, fotografo o nosso povo, as culturas dos povos originários da Amazônia. Em 2009, recebi um convite dos pesquisadores Denise Pahl Schaan e Alceu Ranzi para trabalhar em um projeto e fotografar essas formações descobertas depois de sobrevoar partes desmatadas da Amazônia. São recados das civilizações pré-colombianas de mais de 2 mil anos de idade. Profissionalmente minha vida mudou por conta das publicações”.
Natural do Acre, Diego ingressou na Unoeste no ano de 2000 e morou em Presidente Prudente até 2005, onde estudou na antiga Facopp, hoje denominada Escola de Comunicação e Estratégias Digitais. “A Unoeste foi onde eu me apaixonei pela fotografia de verdade, eu incomodava muito o professor Paulo Miguel. Vivia nos laboratórios, sempre envolvido nos processos químicos da revelação e tudo mais. Enfim, o fotojornalismo e a fotografia publicitária sempre foram as minhas paixões no tempo que eu fiquei na Unoeste”.
O fotógrafo destaca que ter passado pela instituição foi gratificante. “Uma universidade leva tão a sério a comunicação social. A Facopp, naquela época, era um avanço incrível com os laboratórios de produção de vídeo, de rádio, de fotografia, e o corpo docente que sempre levou isso muito a sério. Então eu tenho orgulho de dizer que fiz parte dessa história, viver em Presidente Prudente no meio universitário e tendo essa experiência através de toda essa amizade, dos colegas que eu tenho contato. É uma satisfação ter feito parte da história da Unoeste”, conta Diego.
Ele conta que após um tempo morando em Prudente, o destino o levou de volta ao Acre. “Apesar de minha mãe ser natural de Presidente Epitácio [SP], ela veio para cá [Acre] na década de 1970 e foi onde nasci. Aqui eu conquistei muita coisa, eu disse que queria a National Geographic e os geoglifos me deram, participei de documentários, de revistas científicas, de material para a BBC e agora a Discovery, que mostrará fotos de minha autoria. Posso dizer, sem sombra de dúvidas, que sou o repórter fotográfico que mais tem acervo de geoglífos da Amazônia no mundo”.