Cerca elétrica, portão com cadeado fechado e cachorro. Estes são alguns artifícios encontrados pela aposentada Zulmira Aparecida de Oliveira, 60 anos, para proteger a sua casa de possíveis roubos e furtos. Assim como ela, moradores do Jardim São Pedro, em Presidente Prudente, cobram a intensificação do serviço de policiamento, com o objetivo de fortalecer a segurança do bairro. Segundo eles, a prática de atividades ilícitas é recorrente na área, sobretudo quando se trata do consumo de drogas.
Para piorar a situação, diferentes vias da localidade estão sem iluminação pública em decorrência de defeitos nos postes, o que aumenta a sensação de insegurança durante a noite. Zulmira, por exemplo, não sabe afirmar se os dispositivos estão apagados porque as lâmpadas estão queimadas ou foram alvo de depredação por vândalos. Para contornar o problema, a pensionista Alice Oliveira Nascimento, 76 anos, solicita a substituição das lâmpadas a fim de garantir mais tranquilidade aos residentes. Isso porque, enquanto os reparos não ocorrem, muitos deles têm receio de sair de casa por conta da escuridão.
A Secom (Secretaria Municipal de Comunicação) reitera que a manutenção da iluminação pública em ruas e avenidas é um trabalho terceirizado, sendo de responsabilidade da Sosp (Secretaria Municipal de Obras a Serviços) a fiscalização dos serviços contratados. Os munícipes podem solicitá-los pelos telefones 156, 0800 777 1912 e pelo site da administração (presidenteprudente.sp.gov.br). Completa que, em todos os meios, após a abertura da solicitação, a contratada tem o prazo de 48 horas para fazer a regularização. “Existe ainda a manutenção preventiva, a qual é realizada durante todo o ano, em que equipes realizam vistorias em ruas e avenidas, independente de solicitações feitas por moradores”, explica.
Patrulhamento
Os comerciantes Rita de Cássia dos Santos, 43 anos, e Ricardo Souza dos Santos, 40 anos, apontam que se não fosse pela iluminação deficiente e pela “malandragem”, o bairro seria sossegado. Sendo assim, pleiteiam o reforço da ação policial. “Na verdade, o que precisaríamos mesmo era de uma base policial”, considera Ricardo. No entanto, conforme relatado por este periódico em outros especiais, a implantação de postos policiais não faz mais parte dos planos da Polícia Militar, tendo em vista que, para a corporação, o patrulhamento em viaturas transmite mais segurança do que a permanência dos agentes em um ponto fixo.
A respeito de sua atuação, a PM esclarece que, além do programa de radiopatrulha, o bairro é contemplado com a presença e apoio da Rocam (Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas), que “proporciona maior agilidade no atendimento de ocorrências, facilitando o deslocamento e atuando em áreas que outros tipos de viaturas não conseguem ter acesso”, bem como o programa de Força Tática, que atua de forma “diferenciada” em razão dos treinamentos e instruções mais específicas para lidar com ocorrências de maior repercussão.
A corporação salienta ainda que a população deve procurá-la para informar qualquer situação ilegal presenciada por meio do telefone de emergência 190. “O cidadão não precisa se identificar ao realizar a ligação. O importante é que tenha calma e informe a maior quantidade de detalhes possíveis para facilitar na diligência que será realizada pelas equipes policiais que comparecerão ao local”, instrui.
Ainda em termos de segurança, outro problema que preocupa Zulmira é a situação da Escola Municipal Carmen Pereira Delfim. A munícipe afirma que a unidade não dispõe de um zelador e, por esta razão, vândalos pulam o portão durante a noite para atividades suspeitas. Desta forma, acredita que a inclusão de um profissional para zelar pela vigilância do espaço evitaria esse tipo de comportamento. Procurada, a Secom não enviou posicionamento até o fechamento desta edição.
Estrutura do bairro
Ano de implantação: 02/01/1961
Área de loteamento: 44.030,00 m²
Área verde: 4.410,00 m²
Quadras: 6 quadras
Construções: 681 construções
Terrenos baldios: 12 terrenos baldios
População estimada: Cerca de 3,5 mil pessoas
Fonte: Secom