Dia Mundial de Luta Contra a Aids: um convite à reflexão e à ação

EDITORIAL - DA REDAÇÃO

Data 01/12/2024
Horário 05:15

No dia 1º de dezembro, o mundo se une para celebrar o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, um marco essencial para reforçar a importância da conscientização, prevenção e solidariedade. Instituído pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em 1988, a data tem como objetivo mobilizar a sociedade, os governos e as organizações para combater o estigma, ampliar o acesso ao diagnóstico precoce e assegurar o tratamento para todas as pessoas vivendo com o vírus HIV.

Em Presidente Prudente, como noticiado na edição de hoje, o cenário é positivo, visto que os casos registrados em 2024 tiveram uma redução de 20,25% em comparação ao mesmo período de 2023, alcançando o menor índice dos últimos cinco anos. A conscientização, a PrEP (profilaxia pré-exposição) e a testagem regular são ferramentas fundamentais para interromper a cadeia de transmissão.

Nas últimas décadas, os avanços na ciência têm transformado o HIV em uma condição crônica controlável, graças a medicamentos antirretrovirais eficazes. No entanto, o combate à aids vai além da medicina: envolve a luta contra o preconceito, a desinformação e a desigualdade. Ainda hoje, muitas pessoas enfrentam discriminação ao buscar tratamento ou revelar seu status sorológico, o que pode levar ao isolamento social e à falta de adesão ao tratamento.

A conscientização começa pela educação. É imprescindível que campanhas de saúde pública alcancem todas as camadas da sociedade, desmistificando informações erradas e promovendo o diálogo aberto sobre sexualidade, saúde e direitos humanos. Em escolas, comunidades e ambientes de trabalho, falar sobre HIV e aids de forma clara e sem tabus é uma forma de prevenir o contágio e combater o preconceito.

A prevenção deve ser tratada como uma responsabilidade coletiva. Programas de distribuição de preservativos, testagem gratuita e ampliação do acesso à PrEP são ações que precisam ser mantidas e ampliadas, principalmente em regiões mais vulneráveis e com menor acesso a serviços de saúde.

A luta contra a aids também é uma luta por dignidade e inclusão. As pessoas vivendo com HIV enfrentam desafios únicos, desde o acesso ao mercado de trabalho até o enfrentamento do estigma social. Assim, é fundamental que governos, empresas e a sociedade civil garantam políticas de apoio que assegurem direitos plenos a essas pessoas.

A data nos lembra que a empatia é uma poderosa aliada no enfrentamento à doença. Apoiar campanhas, respeitar quem vive com HIV e promover ambientes inclusivos são formas de contribuir para um futuro sem preconceito.

Publicidade

Veja também