O câncer de pele é o tipo mais comum de câncer no Brasil, com aproximadamente 180 mil novos casos registrados anualmente, segundo a SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia). Em apoio à campanha Dezembro Laranja, voltada à conscientização sobre a doença, os dermatologistas de Presidente Prudente, Murilo Carapeba e Tatiana Andrade , explicaram à reportagem de O Imparcial os principais aspectos dessa enfermidade e reforçaram a importância da prevenção e do diagnóstico precoce.
Conforme o dermatologista Murilo Carapeba, os cânceres de pele se dividem em dois grandes grupos:
• Não melanomas: incluem os CBC (carcinomas basocelulares) e os CEC (espinocelulares). Representam cerca de 90% dos casos e têm alta chance de cura se diagnosticados precocemente.
• Melanomas: embora mais raros (cerca de 3% dos casos), são mais agressivos devido ao alto risco de metástase.
A dermatologista Tatiana Andrade detalha que o carcinoma basocelular é o mais frequente, crescendo de forma lenta, enquanto o carcinoma espinocelular pode se comportar de maneira mais agressiva.
Ambos os especialistas destacaram que a exposição excessiva à radiação UV (ultravioleta) do sol é a principal causa da doença. Outros fatores incluem:
• Histórico familiar;
• Predisposição genética;
• Imunidade baixa (pessoas com doenças autoimunes ou transplantados).
A prevenção é fundamental. Murilo Carapeba e Tatiana Andrade recomendam medidas diárias, como:
• Uso de protetor solar FPS 30 ou superior;
• Evitar exposição ao sol entre 10h e 16h;
• Utilizar chapéus, óculos escuros com proteção UV e roupas de manga longa;
• Evitar câmaras de bronzeamento e lâmpadas UV.
Os principais sintomas incluem:
• Manchas, feridas ou nódulos que não cicatrizam após 30 dias;
• Pintas assimétricas, com bordas irregulares, mudança de cor, tamanho ou textura;
• Lesões que sangram, coçam ou doem.
Segundo o médico Murilo Carapeba, a regra ABCDE pode auxiliar na identificação de melanomas:
A: Assimetria; B: Bordas irregulares; C: Cor variável; D: Diâmetro maior que 6 mm; E: Evolução da lesão.
O diagnóstico é feito por exame clínico e, se necessário, biópsia. O tratamento geralmente envolve remoção cirúrgica da lesão, mas pode incluir radioterapia, quimioterapia ou imunoterapia, dependendo da gravidade.
Ambos os médicos alertam para a necessidade de realizar exames dermatológicos regulares. Se houver qualquer alteração suspeita, procurar um dermatologista o quanto antes pode fazer a diferença.
Arquivo pessoal
Murilo Carapeba destaca importância do uso diário de protetor solar e da regra ABCDE para identificar sinais de melanoma
Arquivo
Para Tatiana Andrade, evitar exposição solar excessiva é fundamental para prevenir câncer de pele, o mais comum no Brasil