Devido a movimento alto, moradores da Vila Cristina pedem mais policiamento

Muito procurado por condutores, para estacionar seus veículos, local recebe diversas pessoas que moram perto ou fora das imediações

- ANDRÉ ESTEVES

Data 22/07/2018
Horário 05:22
José Reis - Bairro prudentino é "muito visado" para estacionamento de veículos
José Reis - Bairro prudentino é "muito visado" para estacionamento de veículos

Em função da proximidade com o comércio das avenidas Brasil e Coronel José Soares Marcondes, em Presidente Prudente, a Vila Cristina se tornou um bairro muito visado para o estacionamento de veículos. Com isso, o local é diariamente movimentado por pessoas que moram perto ou fora das imediações, mas precisam de um local para deixar seu carro ou moto enquanto cuidam dos seus compromissos nas avenidas principais.

Para moradores da localidade, este alto fluxo de transeuntes atraiu usuários de entorpecentes e pedintes, que “aproveitam-se das circunstâncias para tentar esmolas com quem passa por ali”. Nesse sentido, munícipes solicitam a intensificação da ronda policial nas vias do bairro, uma vez que a presença de tais indivíduos gera insegurança à população.

A dona de casa Eliane Trindade, 40 anos, aponta que a mendicância chega a ser “inoportuna” em alguns momentos, principalmente quando os pedintes se dirigem até uma casa de velório situada nas imediações e começam a incomodar as pessoas presentes. Já a esteticista Lucinete Piastrelli, 40 anos, enfatiza que a incidência de indivíduos estranhos no bairro pode estar associada à ocorrência de furtos e roubos na localidade.

A moradora conta que, certa vez, seu marido deixou o carro estacionado na rua e, quando saiu de casa, o veículo não estava mais ali. O automóvel acabou sendo encontrado posteriormente, mas ela e o esposo passaram a ficar mais desconfiados e alertas. Como acredita que nem sempre o serviço de patrulhamento ofertado pela Polícia Militar é “suficiente”, o casal decidiu pagar a guarda noturna. “É uma forma que encontramos de aumentar a segurança, pois, sempre que o guardinha vê alguma coisa suspeita aqui por perto, aciona os policiais”, expõe.

A professora Ivone Pereira Silva, 60 anos, diz que, apesar de ser um bairro “aparentemente seguro”, já foi vítima da ação de ladrões. Relata que, em uma ocasião, entraram em seu imóvel e levaram um botijão de gás. Em outra situação, ela voltava para casa quando foi abordada por um indivíduo, que tentou levar seus pertences. “Seria importante aumentar o policiamento, pois nos sentiríamos mais seguros”, comenta.

A aposentada Marlene Matheus, 71 anos, por outro lado, confirma a presença de pedintes na Vila Cristina, mas não enxerga a alta movimentação naquela área como um problema. Pelo contrário, acredita que o fluxo frequente de pessoas no local gera mais valorização ao bairro. “Realmente, não se vê muita ronda policial e eventualmente ouço falar de ocorrências de roubo e furto aqui e ali, mas nunca tive esse desprazer”, pontua.

Atuação sistêmica

Em nota, a Seção de Comunicação do 18º BPMI/I (Batalhão de Polícia Militar do Interior) informa que, assim como os demais bairros, a Vila Cristina recebe de forma sistêmica os diversos programas de policiamento e que seus indicadores criminais apresentam-se “estáveis”. A corporação denota que a região é contornada por duas das principais avenidas de Prudente e dá acesso ao Parque do Povo, Terminal Rodoviário Comendador José Lemes Soares e Poupatempo, o que mantém ali um grande fluxo de pessoas e veículos. “Diante dessas características, a Polícia Militar reforça seu policiamento em alguns horários, previamente estudados, intensificando em pontos de estacionamento nas vias de acesso”, comunica.

Há ainda, além do patrulhamento ordinário, o reforço por meio da Dejem (Atividade Diária Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho Militar), devido à alta movimentação, o que “possibilita tranquilidade para toda a população que frequenta o bairro”. A PM acrescenta que a comunidade pode e deve colaborar com o planejamento das ações policiais, fornecendo informações para a polícia, inclusive de forma anônima, e denunciando a presença de pessoas em atitude suspeita e de veículos que não são comuns nas redondezas. “Esta aproximação e troca de informações entre a comunidade e a polícia evita que delitos como furto e roubo aconteçam”, justifica.

Tais denúncias ou solicitações emergenciais podem ser feitas por meio do 190 e serão atendidas diretamente pelos policiais militares que efetuam patrulhamento pelo bairro.

ESTRUTURA DO BAIRRO

Data de implantação: 02/01/1957

Área de loteamento: 22.630 m²

Área verde: Não dispõe

Quadras: 5

Construções: 277

Terrenos baldios: 3

População estimada: Cerca de 1.380 pessoas

SERVIÇO

A população pode promover suas reclamações, críticas e elogios sobre o bairro em que reside. O contato deve ser feito com os profissionais da Pauta, por meio do [email protected], do telefone 2104-3732 ou do WhatsApp 99104-8537.

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