Destinação incorreta de materiais resulta em danos ao meio ambiente

PRUDENTE - Jean Ramalho

Data 15/07/2016
Horário 10:39
 

Sem a destinação adequada, muitas vezes, as lâmpadas fora de uso acabam sendo encaminhadas juntamente com o lixo comum, ou até mesmo em meio ao material reservado à coleta seletiva. Neste cenário, fatalmente o produto é remetido ao aterro sanitário e lá apresenta alto potencial para contaminar todo ambiente ao redor com seu material tóxico. Pelo menos é o que afirma a presidente da Cooperlix (Cooperativa dos Trabalhadores de Produtos Recicláveis de Presidente Prudente), Maria Aparecida Assis Silva.

"Não recolhemos esse tipo de material, mas, às vezes, aparece entre os produtos recicláveis. Quando isso acontece encaminhamos para o rejeito e, consequentemente, ao lixão. Se a cooperativa recolher este tipo de material, ela acaba tendo prejuízo, pois ao se quebrar, essas lâmpadas contaminam o material reciclável, que necessariamente deve ser descartado", afirma a presidente da cooperativa.

O secretário do Meio Ambiente da cidade, Wilson Portella Rodrigues, confirma que a população ainda insiste em depositar as lâmpadas fluorescentes de maneira incorreta, mas nega que o material tem sido encaminhado ao lixão. Segundo ele, "quando os coletores detectam o produto no lixo das residências, eles não fazem o recolhimento. E quando acabam retirando das casas sem perceber, o material é armazenado junto com as lâmpadas da própria Prefeitura e, posteriormente, conduzido a uma empresa parceira para descarte correto", argumenta.

Cenário que, para o chefe da pasta, resulta em ônus aos cofres públicos, uma vez que o Executivo estaria arcando com um custo que não lhe compete. "A Prefeitura não pode recolher, pois não tem permissão pra isso. As lojas devem recolher, mas, muitas vezes, não fazem porque a população não conhece a lei. E isso onera os cofres públicos, pois a administração municipal precisa arcar com uma responsabilidade que não é sua, enquanto esse material poderia ser encaminhado às lojas", analisa o secretário.

 

Crime ambiental

Para evitar ter de arcar com os custos sozinha, a Prefeitura tem o recurso da multa por crime ambiental, que pode variar entre R$ 400 a R$ 4 mil, nos casos em que o cidadão for flagrado descartando as lâmpadas em locais incorretos. Contudo, para Wilson Portella, a solução para esse problema seria a conscientização da população. "Falta educação ambiental. A população insiste em continuar jogando material em fundos de vales, terrenos baldios ou na via pública. Campanhas existem e são feitas corriqueiramente, mas o que falta mesmo é a educação ambiental da população", pontua.

 
Publicidade

Veja também