“Futebol, política e religião não se discute”. Todos já devem ter escutado esse dito popular, usualmente proferido pelos “apaziguadores” em rodas de amigos, quando a conversa começa a ficar exaltada ao discutir algum desses temas.
Contudo, se levarmos em conta a relevância de cada um desses assuntos, iremos perceber que o futebol possui uma natureza lúdica e de entretenimento passageiro, que em nada altera nossas vidas; a religião, muito embora de profunda importância em nossa formação, tem um caráter mais pessoal e que tende a influenciar de maneira limitada o coletivo.
Mas a política, por sua vez, coloca todos no mesmo barco, pois, quando não bem exercida, reflete em péssimos serviços à sociedade, mal uso de impostos e a má gestão dos recursos que deveriam beneficiar toda comunidade.
Logo, devemos sim discutir, entender e debater política pública. É imprescindível que a sociedade cada vez mais se informe e aprenda sobre o funcionamento do sistema político, pois só assim, alcançaremos a maturidade necessária para fiscalizar e exigir serviços de qualidade e melhores condições de vida para toda a população.
Desenvolvimento socioeconômico é indissociável da boa gestão pública dos recursos arrecadados através de nossos impostos. Como, então, acreditar que não devemos discutir política? Ou que o ideal seria nos afastar dessas discussões, como se estivéssemos acima de tudo o que elas representam?
Não há espaço vazio no poder; cabe à sociedade exercer sua cidadania e preencher com responsabilidade todos os cargos públicos. Somente assim poderemos alcançar um nível elevado de qualidade de vida.
Acordemos para essa realidade! Por mais que, muitas vezes, o antagonismo se exceda e a dicotomia das ideias políticas pareça irreconciliável; por mais que fiquemos estupefatos com notícias negativas, injustiças e desvios de condutas, ainda assim, devemos refutar a aversão ao debate político. É com a participação ativa de todos nós, que esse tema poderá, um dia, deixar de ser negativamente estigmatizado. Vote consciente!