Desde a década de 20, fósseis são encontrados no oeste paulista

O que vem sendo relatado, segundo paleontólogo, na literatura específica, e por isso pesquisadores sabem historicamente que a região é bastante rica

REGIÃO - DA REDAÇÃO

Data 13/02/2022
Horário 06:00
Foto: Reprodução/Rede social
Desde que André fazia o seu doutorado, já participava de prospecções e explorações nessa área
Desde que André fazia o seu doutorado, já participava de prospecções e explorações nessa área

André Eduardo Piacentini Pinheiro, 42 anos, professor e pesquisador da Faculdade de Formação de Professores da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, campus de São Gonçalo, conta que os fósseis da região do oeste paulista vêm sendo relatados desde a década de 20, do século passado, mais ou menos entre 1929-1936 existem os primeiros registros de ocorrências de fósseis, de vertebrados fossilizados. Principalmente com abertura das ferrovias, a expansão da malha ferroviária, tem a Sorocabana sendo implementada e nesses cortes muitos fósseis foram sendo descobertos. Posteriormente, com os cortes rodoviários, as duplicações das estradas, todo o desenvolvimento de fundação predial e de outros empreendimentos, mais fósseis foram achados no local. O que vem sendo relatado então na literatura específica, e, por isso, os pesquisadores sabem historicamente que a região é bastante rica.
“Estamos em busca da paleofauna que viveu no cretáceo ali de mais ou menos 70 a 90 milhões de anos e que ficaram preservados nas rochas do chamado Grupo Bauru, que é uma sequência continental que data desse período do cretáceo, e que ocorre na região do oeste paulista, no triângulo mineiro, parte de Goiás [GO], parte do Mato Grosso do Sul [MS] e Norte do Paraná [PR]”, expõe André.
Este projeto, segundo o professor, vem para somar às pesquisas que vêm sendo feitas há mais de 20 anos na região. “Desde que eu fazia o meu doutorado, já participava de prospecções e explorações nessa área junto com a equipe da UFRJ, coordenada por sua ex-orientadora de doutorado, Lilian Paglarelli Bergqvist, e depois, quando me tornei professor, passei a coordenar o projeto”, completa.
E foi assim que chegaram na área. Desde as descobertas, no desenvolvimento dessa região oeste, eles sabem que os fósseis ocorrem porque está na literatura. “Toda essa ocorrência é plotada e depois a gente procura através do Google Earth ou cortes rodoviários, a gente procura os melhores pontos para prospectar esses fósseis”, explica o pesquisador.

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