O baixo crescimento populacional é um fenômeno que já há algum tempo é uma realidade mundial, especialmente em países mais desenvolvidos social e economicamente. E a tendência é que tal cenário se replique cada vez mais, como constatado pelos primeiros resultados do censo demográfico realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
De 2010 a 2022, a população da 10ª RA (Região Administrativa) do Estado de São Paulo cresceu 3%. Em 2010, as 53 cidades localizadas no oeste paulista somavam 833.530 habitantes, número que saltou para 858.554 em 2022. Como noticiado por O Imparcial, o sociólogo prudentino Marcos Lupércio Ramos expõe que, com base nesses primeiros resultados, o crescimento populacional na região ficou abaixo da média nacional (6,5%). Segundo ele, a situação surpreende o próprio IBGE, pois, conforme tendências apontadas pelos dados do censo de 2010, o órgão apontava maior aumento da população brasileira em 2022.
O profissional explica que podem ser elencados alguns fatores que justificam esse baixo crescimento, como a diminuição das taxas de fecundidade (redução do número de filhos por mulher) e natalidade (redução do número de nascimentos) no país.
À medida que as taxas de natalidade diminuem e as populações estagnam ou até mesmo diminuem surgem riscos significativos que precisam ser abordados de maneira séria e proativa. Embora algumas pessoas possam enxergar o baixo crescimento populacional como um alívio para os recursos naturais e uma oportunidade para uma sociedade mais sustentável, é importante reconhecer que ele também traz consigo ameaças que podem comprometer a economia e o bem-estar social.
Um dos principais riscos do baixo crescimento populacional é o impacto negativo na economia. Com menos pessoas em idade ativa, há uma redução da força de trabalho disponível. Isso pode levar a uma diminuição da produtividade e do crescimento econômico, resultando em desafios para a sustentação dos sistemas previdenciários e de seguridade social. Além disso, a escassez de trabalhadores em setores específicos, como saúde e cuidados com idosos, pode gerar uma pressão adicional sobre esses serviços, afetando a qualidade e a disponibilidade dos mesmos.
O baixo crescimento populacional traz consigo riscos significativos que não podem ser ignorados. É necessário abordar esses desafios com seriedade e desenvolver estratégias que equilibrem a sustentabilidade ambiental, a viabilidade econômica e o bem-estar social. Somente através de uma abordagem abrangente e colaborativa será possível mitigar os riscos associados ao baixo crescimento populacional e construir um futuro próspero e sustentável para as próximas gerações.