DER estende prazo de obras na Assis Chateaubriand

Conclusão inicialmente prevista para julho agora deve ocorrer em dezembro, diante de problemas na desapropriação de áreas

PRUDENTE - MARIANE GASPARETO

Data 30/03/2017
Horário 08:57


O DER (Departamento de Estradas de Rodagem) prorrogou o prazo para a conclusão das obras de modernização da Rodovia Assis Chateaubriand (SP-425). Inicialmente previstas para terminarem em julho deste ano, agora devem ser concluídas em dezembro, por conta de "problemas nos processos de desapropriação de áreas", de acordo com o órgão estadual.

Em janeiro deste ano, o primeiro lote (entre o km 418 e o km 429,52) estava 76,5% concluído, e hoje o indicador alcançou 84,9%, sendo o mais próximo de finalização. O segundo (do km 454,62 ao km 478,15) foi de 42% para 47%, e o terceiro (entre o km 478,15 e km 523,43) de 60% para 71,9%.

Jornal O Imparcial DER terminaria obras da rodovia em julho, mas agora estima concluí-las em dezembro

O primeiro prevê a recuperação da pista e dos acostamentos que ligam o distrito de Teçaindá a Martinópolis, e a duplicação da rodovia de Martinopólis a Presidente Prudente. O segundo consiste na complementação da duplicação, recapeamento e melhorias na pista, pavimentação dos acostamentos, implementação de dez dispositivos, sendo duas passarelas e oito viadutos, em desnível, e baias de ônibus ligando Prudente e Pirapozinho.

Já no terceiro lote estão previstos o recapeamento da pista, melhoramentos e pavimentação dos acostamentos e implantação de seis dispositivos em desnível e um em nível (quatro rotatórias e um viaduto); baias de ônibus, no trecho entre Pirapozinho e Estrela do Norte, seguindo até a divisa com o Estado do Paraná, beneficiando ainda as cidades de Tarabai, Narandiba e Sandovalina.

 

Problemas na estrutura

As obras começaram em janeiro de 2016 e, por conta do extenso período de andamento, em alguns trechos a qualidade do asfalto recém-colocado já tem sido danificada pelas frequentes chuvas e grande fluxo de caminhões na rodovia. A reportagem verificou in loco o estado da Assis Chateaubriand, e encontrou o novo pavimento cedendo e formando buracos, e o antigo em situação ainda mais complicada, completamente degradado.

Na própria alça de acesso que liga a Rodovia Júlio Budiski (SP-501) à SP-425, em um desvio realizado que tem recebido o fluxo de veículos que entra na rodovia, também é visível a deterioração. A camada superior de revestimento já está se desfazendo e várias rachaduras surgem no chão da estrada.

O caminhoneiro José Carlos da Rocha, 54 anos, frequenta regularmente a Assis Chateaubriand há dois anos e tem acompanhado o andamento das obras, que considera "moroso", sobretudo diante da redução da velocidade máxima em vários trechos da via e colocação de obstáculos. "Por ser em uma rodovia de pista simples e extremamente movimentada, precisavam colocar mais equipes trabalhando e acelerar as obras, porque muitos acidentes ocorrem em ultrapassagens irregulares de motoristas impacientes", afirma. Apesar de trafegar pela primeira vez na via, o motorista Marcos Servignane, 44 anos, notou a qualidade ruim do asfalto. "Acho que pelo fluxo intenso de caminhões, o asfalto se deteriora tão rápido", diz.

Sobre a situação da estrutura da rodovia, o DER informou que esses trechos ainda não estão totalmente concluídos, e que por esse motivo o pavimento ainda não alcançou a resistência ideal, sendo então passível de ocorrência de imperfeições pontuais em obras do tipo. "Tais problemas serão corrigidos durante o período de execução das obras", diz. Sobre a alça de acesso, aponta que o desvio é provisório, até que as obras sejam concluídas.

 
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