Dengue, um alerta que não pode ser ignorado

EDITORIAL -

Data 10/01/2025
Horário 04:15

Os números não mentem e trazem à tona um velho problema que teima em assombrar nossa sociedade: a dengue. Nos primeiros oito dias de janeiro de 2025, a VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal) de Presidente Prudente registrou impressionantes 335 notificações da doença, com um caso já confirmado e três mortes sob investigação. Ainda que a dengue seja um tema recorrente, sua gravidade exige que a atenção da população e do poder público permaneça inabalável.
A repetição de alertas e campanhas pode, para muitos, parecer desgastante, mas é absolutamente necessária. Afinal, trata-se de um problema que, ano após ano, prova ser tanto uma questão de saúde pública quanto de responsabilidade coletiva. Apesar dos avanços no combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor da doença, a conscientização popular e a eliminação de criadouros continuam sendo a primeira linha de defesa contra o surto.
A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), ciente da gravidade da situação, não está medindo esforços. Uma série de estratégias foi implementada para conter a disseminação da doença, incluindo mutirões de limpeza, visitas domiciliares para orientação, e o reforço de campanhas educativas. Mas a eficácia dessas medidas depende, em grande parte, da colaboração dos cidadãos.
É preciso lembrar que o mosquito encontra abrigo em locais simples e negligenciados, como pratos de plantas, caixas d’água destampadas e recipientes que acumulam água parada. Uma vistoria semanal em casa, quintais e locais de trabalho pode ser decisiva.
Além disso, é essencial reforçar a importância de buscar atendimento médico ao surgirem os primeiros sintomas – febre alta, dores no corpo e atrás dos olhos, manchas na pele, entre outros. O diagnóstico e o tratamento precoce são fundamentais para evitar complicações graves.
O combate à dengue é, sem dúvida, uma luta repetitiva, mas cada ação de prevenção e cada vida poupada justificam o esforço. Que o começo de 2025 sirva de alerta: a responsabilidade é de todos nós, e a indiferença, essa sim, pode ser fatal.
 

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