Com o início da primavera, os cuidados contra a proliferação do Aedes aegypti devem ser redobrados. Isso porque, conforme alerta a VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal) de Presidente Prudente, o aumento das temperaturas e chuvas recorrentes são propícios para a multiplicação do mosquito-vetor da dengue. Neste ano, o município soma 6.785 casos positivos da doença.
Há ainda 334 casos em investigação e 6.216 descartados. Os picos foram registrados em abril e maio, com 2.081 e 2.783 diagnósticos, respectivamente. Juntos, os dois meses concentram 70% dos positivos. Certamente, grande parte da população sabe, de cor e salteado, o que deve ser feito para evitar a proliferação do Aedes. Isso porque entra ano, sai ano, a situação continua a mesma. Então, por que não tomar a responsabilidade para si e fazer o que precisa ser feito?
Infelizmente, muitas pessoas ainda têm o pensamento equivocado de que tudo deve ser resolvido somente pelo poder público. É óbvio que ele tem sim papel preponderante no desenvolvimento e aplicação de políticas públicas em prol da saúde e do bem-estar da população. Contudo, querer delegar a responsabilidade de manter seu imóvel limpo à Prefeitura já é demais. E é isso que é muito observado pelos bairros afora.
São inúmeras as reclamações de moradores cansados de ter de lidar com problemas que advêm de terrenos e imóveis vizinhos. De nada adianta uma pessoa manter seu ambiente limpo, se ao lado tem a infelicidade de conviver com um espaço sujo, com mato alto, repleto de recipientes prontos para acumular água e servirem de criadouros para o Aedes. Portanto, é cada vez mais latente a necessidade de todos assumirem suas responsabilidades e papéis de cidadãos e fazerem sua parte. Esperar que apenas o poder público resolva todos os nossos problemas está longe de ser o ideal para o convívio harmonioso em sociedade.
