Dengue não deixa de existir no inverno: cuidados devem ser constantes

EDITORIAL -

Data 03/07/2024
Horário 04:15

Falar de dengue neste espaço não é mais nenhuma novidade. Mas o assunto merece vir à tona, levando em conta a grande preocupação que causou em todo o país, nos últimos meses. E continua causando. Só neste ano, o Brasil soma mais de 6,1 milhões de casos prováveis e 4,2 mil mortes pela doença. 
Ainda que no inverno, o ciclo de desenvolvimento do Aedes aegypti, o mosquito transmissor, seja mais lento e o número de casos seja menor, a dengue não deixa de existir no frio. E, por isso, os cuidados preventivos devem ser constantes.
Nesta semana, por exemplo, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) de Presidente Prudente, por meio da VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal), iniciou o terceiro levantamento do IB (Índice de Breteau) e IIP (Índice de Infestação Predial) de 2024. O IB é utilizado para definir a quantidade de insetos em fase de desenvolvimento, entre eles o Aedes aegypti, vetor da dengue, zika vírus e chikungunya. Já o IIP reflete o percentual de imóveis positivos (com presença de larvas do mosquito).
O trabalho de campo deve durar 15 dias. A previsão é de que sejam visitados 4,2 mil imóveis, distribuídos entre as sete áreas da cidade e selecionados via sorteio, aproximadamente, 600 imóveis por área. Em cada residência, mais de 40 recipientes serão analisados, como vasos de plantas, vasilhas para alimentação e água de animais, garrafas, pneus velhos, entre outros.
Em maio, o segundo levantamento apontou que a cidade estava em situação de alerta para a doença, com IIP de 3,9. Acima de 4 já representa risco de surto. 
Todo cuidado é pouco para que a situação não piore ainda mais. Há quem tenha apenas sintomas leves. Uma grande parte sofre com eles, precisando muitas vezes, ser hospitalizado. A maioria dos doentes se recupera, porém, alguns deles podem progredir para formas graves, inclusive vir a óbito.
Com a dengue não se brinca. Colabore com o trabalho dos agentes de endemias. Eles estarão sempre identificados com uniformes. Facilite a entrada deles nas casas. Receba-os bem. Prenda o cachorro se tiver. Avise os familiares e amigos sobre a importância dessas visitas e do trabalho fundamental que realizarão no combate ao mosquito. Esta é uma luta constante!
 

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