Dengue jamais pode ser “normalizada”

EDITORIAL - DA REDAÇÃO

Data 16/02/2025
Horário 05:00

A dengue, uma doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, tem avançado de forma alarmante, causando não apenas um aumento exponencial no número de casos, mas também uma sobrecarga preocupante nos sistemas de saúde. Hospitais e unidades de pronto atendimento estão operando no limite, com leitos ocupados por pacientes acometidos pela doença, o que compromete a qualidade do atendimento e coloca em risco outras emergências médicas.

Um panorama do cenário enfrentado nos hospitais de Presidente Prudente foi mostrado aos leitores na edição deste sábado. A sobrecarga no sistema de saúde é preocupante, refletindo a seriedade com que o assunto precisa ser tratado de uma vez por todas. Todos estamos cansados de saber o que deve ser feito para evitar a proliferação do mosquito-vetor. Então, a pergunta que não quer calar continua a mesma: por que é tão difícil colocar em prática as simples ações para eliminar os criadouros desse pequeno inseto? 

Trata-se de um paradoxo trágico, em que um ser tão pequenino causa estragos imensuráveis, ano após ano, que têm custado a saúde e até mesmo a vida de tantas pessoas. Este diário vai continuar a bater na mesma tecla, o que para alguns pode ser cansativo. Continuaremos a falar sobre a dengue, continuaremos a mostrar o que esse mosquito tem causado, pois trata-se de uma doença que jamais pode ser banalizada, mesmo que os casos se multipliquem, e que o “normal” seja já ter padecido alguma vez desta triste enfermidade.

Com sintomas que vão desde febre alta, dores intensas no corpo e manchas avermelhadas na pele até complicações graves como hemorragias e choque hipovolêmico, a dengue pode ser letal se não for tratada adequadamente. No entanto, a prevenção é a melhor forma de combate. Eliminar criadouros do mosquito é uma responsabilidade coletiva, que deve envolver tanto o poder público quanto a população. Ações simples como não deixar água parada em recipientes, manter caixas d'agua bem tampadas, limpar calhas e eliminar lixos acumulados são fundamentais para evitar a proliferação do vetor. Mas disso, todos nós já sabemos...

O governo e as autoridades sanitárias precisam intensificar campanhas de conscientização, além de promover mutirões de limpeza e fiscalização em locais de risco. Outra medida essencial é a ampliação da vacina contra a dengue, que já está disponível em algumas cidades e pode ser uma ferramenta crucial na redução do número de casos graves.

O enfrentamento da dengue requer um esforço conjunto e permanente. Se medidas eficazes forem adotadas com seriedade e a conscientização for ampliada, é possível evitar um colapso na saúde e salvar vidas. A dengue não é apenas um problema sazonal, mas uma ameaça constante que exige prevenção e responsabilidade de todos.

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