Daqui pra frente

OPINIÃO - José Maurício O. Leme Jr.

Data 24/05/2022
Horário 05:00

Após dois anos de restrições, é legítimo dizer que a economia nacional ficou fragilizada, afinal, os principais setores que são a locomotiva, tiveram que ficar parados por longos períodos. Somados a desempregos em massa e ao fator inflação, o cenário econômico está marcado por profundas cicatrizes. Em nível mundial, cada país se desvencilha de acordo com seus sistemas.
Crises sempre deixam desamparados, mas como após a tempestade vem a bonança, basta olhar para trás que veremos legados de transformação, como  por exemplo, a gripe espanhola de 1918 que expôs os limites e levou a uma valorização do sistema público de saúde, incluindo o Brasil. Logicamente, nada se compara às vidas perdidas, pois vidas não são mensuradas em cifrões.
Política e economia são vias de mão única, por isso não podemos nos esquecer que 2022 é ano eleitoral, o que naturalmente pode corroborar para incertezas, já que investidores agem com mais cautela em relação ao Brasil. A boa notícia é que o governo federal pode para rebaixar a denominação da Covid-19 de pandemia para endemia, com isso, o gestor público terá maior liberdade para tomar decisões frente à crise sanitária.
Especialistas indicam a aposta no dinheiro público como um possível cenário de recuperação, a exemplo dos Estados Unidos e Coreia do Sul, bem como dar vazão à reforma tributária para tornar a cobrança de impostos mais racional e competitiva. Afinal, serão levados alguns anos para a estabilidade acontecer, por isso é preciso políticas e programas que respondam às necessidades do presente, com vistas ao futuro.
O que podemos tirar de exemplo para modelar a sociedade em que vivemos hoje? Uma boa estrutura pode contribuir para o desenvolvimento econômico e social de uma cidade ou região, sendo o poder público importante ator na criação de ambientes favoráveis.  

 

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