A estreia de Neymar no Paris Saint-Germain repercutiu mais que a própria rodada do campeonato brasileiro. Ganhou ressonância mundial. A França o recebeu como herói depois da insensibilidade e ingratidão dos torcedores espanhóis. O nome de Neymar - e o do Brasil também – ganharam o mundo. Imagine se Pelé jogasse hoje com seus feitos exibidos para o planeta com a atual tecnologia? O Paris Saint-Germain, desculpem, meus amigos se faço essa corrigenda, a pronúncia é “Germén” e não “German”, como falam todos os locutores esportivos e até o Willian Bonner no Jornal Nacional. Chato essas emendas. A gente sai do texto original. São perigosas também já que podemos esquecer sobre o que escrevíamos e seguir pelo atalho aberto. Voltemos ao original, pois. Esse clube, ainda novo, é resultado de uma fusão e sempre acolheu jogadores brasileiros como Raí, seu maior ídolo até a chegada de Neymar. Leonardo, campeão do mundo com Raí em 1994, também o defendeu. No seu estádio, no Parque dos Príncipes, - para ali chegar você tem que atravessar outra maravilha: o Bois de Boulogne – tem sempre um brasileiro. Olha aí o atalho outra vez. Desde o ano 2000 sempre um brasileiro vestiu o uniforme do PSG. Christian, um goleador que aqui brilhou mais no Internacional lá esteve na passagem do século. Depois foi Vampeta, - o apelido é um misto de vampiro com capeta; Alex Dias, que foi do Goiás; Aloísio Chulapa, dos gols que a torcida do São Paulo não esquece; Ronaldinho Gaúcho, que deixou o Grêmio pela porta dos fundos e ali entrou de frente para só depois ir brilhar no Barcelona. Ah! Os catalães não se lembram disso quando apupam Neymar por sua saída. André Luis, zagueiro do Corinthians e de tantos clubes; Paulo Cesar, lateral direito; Reinaldo, aquele centroavante que foi do São Paulo para o Flamengo e que fazia muitos gols; Souza, o nordestino que vi começar na Portuguesa Santista e depois viveu fase brilhante no São Paulo; Everton Santos foi do Corinthians; Ceará, do Inter; Nenê, esse mesmo do Vasco que no domingo passado era pedido pela torcida e jogou o segundo tempo no empate diante do Palmeiras (1x1), em Volta Redonda. E tem mais: Alex, zagueiro que começou no Juventus, foi do Santos, da seleção e muito brilhou no Chelsea londrino; Maxwell, hoje dirigente no mesmo PSG e agora os mais recentes: David Luiz, que está no Chelsea e os que continuam no clube e serão companheiros de Neymar: Thiago Silva, Thiago Motta, Lucas Moura, Marquinhos e Daniel Alves. Neymar segue uma honrosa tradição a qual, tenho certeza, só fará crescer.