A Secult (Secretaria de Cultura) de Presidente Prudente anunciou recentemente a instalação definitiva em fevereiro de 2020 da Rede Municipal de Cultura. A verdade, informa o secretário de cultura, José Fábio Sousa Nougueira, é que este é um projeto há bastante tempo vislumbrado pela secretaria e que desde o início deste ano vem sendo testado com sucesso pelos professores de Viola e Violão, Bruno Sanches e Anderson Chizzolini no projeto “Camerata de Cordas”.
Os músicos oferecem os cursos no CEU (Centro de Arte e Esporte Unificado) do Parque Alvorada, Praça da Juventude e Longevidade Lucas Nalin Pasqualini na Cohab, Praça da Juventude Francisco Vinha no bairro Ana Jacinta e no Museu e Arquivo Histórico Prefeito Antonio Sandoval Netto. Todos esses locais farão parte da Rede, que contará ainda com a Praça da Juventude Jair Barbosa de Moura no Humberto Salvador e um local não definido no distrito Floresta do Sul.
Em cada um desses pontos, explica Fábio, haverá programações assim como existem atualmente no Centro Cultural Matarazzo, como apresentações e mostras artísticas periodicamente, aulas de artes e oficinas. Um edital será divulgado no próximo dia 19 para que interessados em usar essas salas espalhadas pelos bairros, e até mesmo as do Matarazzo, possam enviar seus projetos de cursos e oficinas artísticas.
O secretário de Cultura, em meio às polêmicas que envolvem a Escola Municipal de Artes Professora Jupyra Cunha Marcondes, afirma que o espaço não terá prejuízo nenhum com a descentralização das ações culturais, pois a escolha por ministrar cursos nestas salas da Rede partirá dos professores e não dos gestores da secretaria. Segundo ele será, inclusive, algo positivo em relação à participação popular, visto que na sede da escola, 24 professores atendem 520 alunos; os poucos cursos já ministrados nas salas da Rede, atendem cerca de 350 estudantes.
CULTURA AOS BAIRROS
E CULTURA DOS BAIRROS
O produtor cultural da Secult, Denílson Biguete, afirma que os espaços já foram visitados e vistoriados. Segundo ele a intensão é a formação, fomento e difusão das linguagens artísticas além de estender as políticas públicas de cultura para atender os bairros.
“Desejamos que a comunidade se aproprie, assuma o lugar. Faremos campanhas para identificar agentes culturais de cada região e bairros e levar o que se produz em cada região para outras, fazer trocas”, destaca Biguete.
Fábio Nougueira fala, bem humorado, de um milagre. O secretário afirma que não haverá, na formação da Rede Municipal de Cultura, qualquer gasto adicional para Prudente, já que, todas as salas da cultura já existem e já são mantidas pela prefeitura. “O custeio já existe, vigilante, limpeza, já tem, já há investimento nesses locais”, enfatiza.