Cuidar da alimentação dos animais de estimação é importante para que os bichinhos cresçam de forma saudável e não desenvolvam doenças. Para ajudar no adestramento ou para mimar o pet, é comum que as pessoas façam uso dos petiscos ou de ossos de couro, no entanto, é preciso que os tutores se informem antes sobre quais devem ser servidos, considerando que nem todos são recomendados e há aqueles que podem trazer prejuízos para a saúde do amiguinho.
Para ter mais detalhes sobre este assunto, a reportagem conversou a respeito com a zootecnista (nutrição animal), que inclusive já trabalhou como consultora de alimento seguro e para indústrias de alimentos, Juliana da Costa Lisboa, 38 anos, que também é proprietária do Empório Petshop, em Presidente Prudente.
Segundo ela, os palitos e ossos de couro são subprodutos da indústria, e a grande maioria passa por processos químicos antes de chegar às prateleiras (processo de lavagem, remoção de pelos, branqueamento) e, muitas vezes, são adicionados corantes e flavorizantes artificiais.
“Se fornecido ao pet deve ser feito de forma moderada e o tutor deve prestar atenção [não oferecer quando for sair de casa e deixar o cão sozinho, por exemplo), ver se não tem alteração nas fezes e ficar atento ao rótulo [aditivos químicos, corantes, etc]. Não são raros os casos de cães que engasgam com esse tipo de petisco ou apresentam infecção intestinal”, destaca a profissional.
Conforme Juliana, se quiser fazer esse agrado ao seu amigo (de quatro patas), ela indica que procure sempre dar petiscos mais naturais. “Hoje, o mercado segue cada vez mais o rumo à alimentação saudável [e natural] para os pets. Como brinquedos recheados com petiscos, chifres e cascos [pode ser recheado ou não para oferecer aos animais], petiscos desidratados e até mesmo ossos crus [tratados em casa]. Quanto mais natural, mais saudável e menos risco leva aos pets”, garante a zootecnista, que também é uma apaixonada por cães. Em casa ela tem seus filhos de quatro patas que, além de melhores amigos do homem, são terapeutas. “Eles faziam visitas ao hospital e entidades para ajudar no tratamento de pacientes”, completa com muito amor.