A população de Euclides da Cunha Paulista está em alerta depois que uma criança de 6 anos morreu picada por um escorpião. Conforme informações catalogadas pela Vigilância Epidemiológica do município, de janeiro a junho foram contabilizados os registros de sete notificações envolvendo a picada do animal, o que tem contribuído para que a Prefeitura continuasse com campanhas de conscientização. Stefanne Rayane Muniz Santana residia na Vila Ferreira e foi a única vítima fatal que a vigilância registrou. Ela foi sepultada ontem à tarde, no cemitério municipal, o que causou comoção da cidade.
Paulo Fernandes, enfermeiro da vigilância, explica que a menina deu entrada no centro de saúde no começo da madrugada de sábado. Na ocasião, a profissional responsável pelo atendimento avaliou a vítima, fez o bloqueio e instalou o soro. Depois dos primeiros socorros, foi acompanhada pela médica, uma técnica e enfermeira ao Hospital Estadual de Porto Primavera, distrito de Rosana. “O percurso foi o mais rápido possível devido aos sintomas que a criança apresentava. Chegando lá, deu entrada e permaneceu internada”, relata o enfermeiro.
Como o percurso ao distrito é um pouco distante, aproximadamente 50 km, foi necessária cautela. “Não tive acesso à certidão de óbito, mas a principal causa da morte foi a picada do escorpião. Quando isso acontece, evolui para outros sintomas que agem no organismo, levando à morte pelo efeito do veneno”.
Bolo de aniversário
A morte de Stefanne foi registrada no domingo à tarde. Naquele dia, o enfermeiro foi conversar com o pai da vítima que relatou os momentos que antecederam a picada. “Ele disse que haviam acabado de chegar em casa e a criança estava no colo. Quando foram à cozinha, colocou a menina no chão e, passado algum tempo, ouviu a filha dizer que havia sido picada por uma formiga”, comenta. Ao ver o bicho, levou a criança para o centro de saúde para receber os atendimentos. No domingo, data do falecimento, Stefanne completaria 7 anos de idade. “O pai falou que a filha queria um bolinho, e que haveria uma festa”, afirma.
Ainda não se sabe qual a espécie do escorpião, o que é investigado pela vigilância. Devido ao registro, o enfermeiro reforça as orientações para evitar que o bicho apareça. “As agentes de saúde orientam sobre a recolha dos entulhos, de construção, principalmente. É em local como este que o escorpião se esconde”.
