A procura pelos ovos de Páscoa se intensificou nesta semana, em função da proximidade do domingo e da reunião familiar que requer a tão espera sobremesa trazida pelo famoso coelhinho. Desde terça-feira, as vendas estão até 20% mais altas em comparação com as últimas semanas, em alguns supermercados de Presidente Prudente. Os produtos mais buscados são os infantis, os quais, mesmo em momento de crise financeira, não podem ser deixados de lado, pois garantem a alegria da garotada. A expectativa dos estabelecimentos é que a movimentação em torno da guloseima cresça ainda mais neste sábado. Hoje, Sexta-Feira Santa, os mercados consultados atendem somente até às 13h.
De acordo com a Apas, comercialização dos produtos da época, como os ovos de Páscoa, deve registrar crescimento real de 2%
O encarregado de loja do Supermercado Nagai, unidade da Avenida Brasil, Thiago dos Santos Fernandes, diz que o cenário é comum, pois normalmente os consumidores deixam para comprar os ovos de Páscoa na última semana antes da data. Desde terça-feira, sentiu uma elevação de cerca de 20% na procura, e a previsão é de que esta seja ainda mais intensa a partir de hoje. Questionado sobre a possibilidade de promoções do produto, pontua que informações a respeito são repassadas pelas empresas responsáveis pela produção destes, que ainda não divulgaram nada sobre o assunto.
A tendência, porém, é que a promoções de ovos de Páscoa ocorram na próxima semana, segundo a fiscal de loja do Supermercado Estrela, Edna Lopes. Conta que a procura na unidade ainda é baixa em relação aos anos anteriores, mas aguarda uma movimentação maior para o fim de semana.
A mesma situação deverá ser vista no Supermercado Avenida, onde o gerente Joelson Tonietti conta já ter sentido um crescimento na busca pelo produto também desde o começo desta semana. "A tendência é que a procura aumente, pois as pessoas deixam para a última hora, para garantir melhores preços. Mas, as vendas não devem superar as do ano passado e o motivo é a situação do país, a crise financeira que tem atingido todos os setores", comenta.
Como noticiado neste diário, a Apas (Associação Paulista de Supermercados) divulgou que a comercialização dos produtos da época deve registrar um crescimento real em torno de 2% neste ano, em virtude da desaceleração da inflação que ocorreu no fim do ano passado. Já o crescimento nominal deverá ser de aproximadamente 8%. O cenário só não é mais positivo por conta da situação econômica comprometida, o nível elevado de desemprego e, consequentemente, o baixo poder aquisitivo da população. Quanto aos preços, estes também estiveram mais altos em 2017, com um reajuste entre 6% e 8%. A justificativa para o aumento é a elevação do preço do açúcar, ocorrida em 2016, o alto custo de mão de obra e as despesas com energia elétrica e combustíveis, fatores que interferem diretamente nos custos de produção dos chocolates.