Policiais civis que atuam pela CPJ (Central de Polícia Judiciária), em Presidente Prudente, irão investigar os danos causados durante protesto realizado na manhã de sábado, contra a ciclovia localizada na Rua Alvino Gomes Teixeira, próximo ao Brasil Novo. "Recebemos a ocorrência hoje e vamos instaurar inquérito por dano qualificado, pois foi contra o patrimônio público", revela o delegado Marcelo Quevedo Minari, responsável pela CPJ.
A manifestação, que reuniu cerca de 200 moradores dos bairros próximos ao local onde foi construída a ciclovia, foi motivada pela morte de Marcio Aparecido Rosa, o Tiquinho, 35 anos, que, de acordo com seus amigos e familiares, teria morrido após colidir com uma motocicleta em um dos blocos de concreto que delimitam a via destinada às bicicletas.
Danos ao trecho destruído da ciclovia ainda podiam ser vistos na tarde de ontem
"Vamos até o fim para ganhar nossa causa", disse Vanderlei Aparecido Oliveira da Silva, 22 anos, irmão de Tiquinho, que informa ainda que um novo protesto contra a ciclovia estava marcado para ocorrer em frente à prefeitura, na noite de ontem. "Esperamos reunir ainda mais gente e pressionar o poder público a desfazer a ciclovia implantada naquele local", completa, ainda indignado com a morte de seu irmão às margens da ciclovia.
O vereador Demerson Dias (PSB) informa que prestou solidariedade à família da vítima e que a intenção era receber os manifestantes na noite de ontem. "Vamos ouvir o que eles têm a dizer e encaminhar a demanda para o Executivo", explica. "É isso que podemos fazer enquanto vereadores", completa.
Ciclovia mantida
Apesar das manifestações contrárias, a intenção da administração municipal é manter a ciclovia e reconstruir as partes danificadas. "Podemos fazer algumas melhorias, como alargar a pista, o que já estava previsto e, talvez, substituir os blocos de concreto por outra estrutura que seja mais segura", informa o secretário Municipal de Comunicação, Marcos Tadeu Cavalcante Pereira.
De acordo com informações do secretário, as obras para melhorias na ciclovia teriam começado ontem. Porém, a reportagem esteve no local, em diferentes horários durante o dia e não havia ninguém trabalhando no local.