O período de isolamento social requer que as pessoas passem mais tempo dentro de suas casas para evitar o risco de contágio pelo novo coronavírus, Covid-19. Diante deste cenário, é importante que as famílias se atentem quanto aos riscos de acidentes domésticos, que resultam em quedas ou mal súbitos. As principais vítimas? Crianças e idosos. Para evitar que os sustos ocorram, a reportagem traz dicas de segurança e o que fazer caso presencie algum acidente doméstico.
Retirar materiais que atrapalhem a circulação (como tapetes que não sejam antiderrapantes), fixar apoios nos banheiros e escadas, bem como os cuidados na limpeza e enceramento do chão são orientações importantes para quem tem idoso em casa, conforme afirma o 1°-tenente PM Marcos Antonio Machado Junior, do 14º Grupamento de Bombeiros, em Presidente Prudente. Além disso, é ideal que o idoso utilize calçados fechados para evitar tropeços.
E para quem tem criança em casa, a dica é supervisionar o que ela faz e com o que está brincando. “Devemos atentar para proteger quinas de móveis, tampar tomadas, proteger com telas as janelas e locais altos, cuidados com panelas no fogão, guardar produtos de limpeza em local seguro, usar piscina somente se estiver acompanhada de um adulto”, expõe Machado. São cuidados básicos que precisam ser levados em conta não apenas no isolamento social, mas que devem se encaixar na rotina das famílias.
É PRECISO
DE CALMA
Se após o acidente a pessoa ficar desacordada, deve-se seguir os seguintes passos: verificar se a vítima está respirando; se possui circulação sanguínea; além de observar se há algum tipo de sangramento (hemorragia) ou hematoma aparente. Na sequência, conforme Machado, acionar o Corpo de Bombeiros informando sobre o ocorrido. Caso seja necessário massagem cardíaca, é preciso ter calma. “A reanimação cardiopulmonar pode ser realizada por qualquer pessoa até que alguém mais capacitado ou o socorro chegue ao local”, afirma o tenente.
Conforme a orientação, a vítima deve ser posicionada no chão em decúbito dorsal, e o socorrista deve ajoelhar-se ao lado dela, na altura do peito. Com os braços estendidos, sobrepor uma mão sobre a outra e entrelaçar os dedos. Na sequência, apoiar a palma da mão que estiver por baixo no centro do tórax da vítima, no ponto médio que fica entre os mamilos. Feito isso, o socorrista deve pressionar o tórax utilizando o peso do próprio corpo de forma que consiga aprofundar cerca de 5 cm o tórax da vítima.
Depois, retornar à posição inicial. “O movimento completo não deve durar mais que um segundo. Reveze a cada dois minutos com outras pessoas caso seja possível”, orienta o tenente. “Deve-se continuar a manobra até que a vítima retorne a respirar sozinha ou até a chegada no hospital”. Se o familiar estiver sozinho, ele pode ligar para o Corpo de Bombeiros (193) e explicar o que aconteceu. Com o aparelho telefônico no viva-voz, receberá orientações sobre procedimentos até a chegada da viatura.