Coronel diz ser "apenas um colaborador do livro”

Segundo Coronel Amaral, a idealização e autoria são todas de Marcos Júlio Sergl, qual ele menciona com grande admiração

VARIEDADES - OSLAINE SILVA

Data 31/01/2017
Horário 09:12


Em sua modéstia, o coronel aposentado Carlos Amaral, autor de várias obras, diz que sua colaboração no livro "Cem Anos de Música em Presidente Prudente", nada mais é que fazer pesquisas na cidade, de artistas do meio musical e entrar em contato com os mesmos. Segundo ele a idealização e autoria é toda de Marcos Júlio Sergl, qual ele menciona com grande admiração.

"Somos muito próximos, gosto de escrever registros históricos, adoro pesquisar, encontrar fotos e fatos, testemunhos... Acredito que por isso o Marcos me convidou. Olha, vou confessar uma coisa, apesar da música não ser minha área, estou descobrindo riquezas por aqui! Temos grandes profissionais na cidade e uma sugestão é que estes estejam inseridos em toda a programação do centenário, inclusive na execução do hino no dia 14 de setembro!", exclama.

Jornal O Imparcial Coronel Amaral diz tem descoberto riquezas em suas pesquisas

Coronel Amaral ressalta que Sergl é uma unanimidade na música e um apaixonado pela cidade. E assim como ele, acredita que este gênio sinta certa tristeza por ver que por dificuldades passadas e atuais também, grupos musicais, corais, bandas marciais, dentre outros fomentadores de projetos musicais tenham sido esquecidos. E alguns, extintos.

"Como o caso do coral Santo Ignácio de Loyola que encerrou suas atividades no ano passado. Quem ouve falar da Banda Sete de Setembro? É preciso incentivo para estes artistas que carregam uma história. Que serviram como referências para muitos", pontua o coronel. 

 

Retomada


De acordo com a publicação em O Imparcial, na edição do dia 30 julho de 2016, oficializava o fim do Coral Santo Ignácio de Loyola, por: dificuldade na renovação do quadro de cantores e falta de recursos financeiros para manutenção do projeto.

O grupo formado apenas por homens foi fundado em julho de 1958, por Nelson Mathias da Silva e Jorge Tuffic Abraão, sendo o primeiro devidamente constituído no município. Por se tratar de um grupo exclusivo de vozes masculinas, recebeu o apelido de coro grosso e tornou-se conhecido e admirado na cidade e fora dela também como em São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro. Apresentou-se em TVs de São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, e gravou dois discos, na época  um LP e um compacto. O Santo Ignácio gravou a música "Prudente Cinquentão", do poeta César Cava, canção que foi adaptada e tornou-se o hino oficial de Presidente Prudente. "Era" presença frequente nos grandes eventos realizados no município.

Ao lado da Banda Musical Sete de Setembro, do maestro Fortunato e da professora Jupyra Marcondes, o coral tornou-se o maior ícone da cultura musical de Prudente. Os componentes que se mantinham no grupo desde o início se disseram muito tristes com o acontecimento e ressaltaram que embora lutassem muito para manter a equipe, foram vencidos pelo tempo.

 

Marcos Júlio Sergl

Ele é grandioso! Pós-Doutor em Comunicações e Doutor em Artes, pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, Bacharel em Composição e Regência, pela Universidade São Judas Tadeu, em Educação Artística, com habilitação em música, e piano, pelo Instituto Musical de São Paulo. Estudou regência com Roberto Schnorrenberg, Robert Shaw e Hugo Ross e participou de cursos de especialização na Áustria e na Espanha. Regente-assistente do Coral Lírico do Teatro Municipal de São Paulo. Regente dos Corais: Cultura Inglesa de São Paulo e Vozes da Mooca. Na Universidade Anhembi Morumbi, na Universidade de Santo Amaro, na Pontifícia Universidade de São Paulo e na Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação inclui, também, a sua função de docente nas áreas de radialismo, produção musical, regência coral e pós-graduação. Coordenador do Grupo de Estudos em Comunicação da Unisa. Pesquisador colaborador do Centro de Estudos em Música e Mídia-MusiMid, vinculado à Universidade de São Paulo. Sócio-fundador da Sociedade Brasileira de Musicologia. Presidente da Comissão Julgadora do Programa de Ação Cultural PAC, relativo a Projetos na área de Música, da Secretaria de Estado da Cultura, Comendador pela Ordem Carlos Gomes e parecerista da Fapesp. Professor do Curso de Mestrado Interdisciplinar em Ciências Sociais Linguagens, Cultura e Sociedade da Unisa.

 
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