Consequências da mudança climática no Brasil e no mundo: um chamado à ação

OPINIÃO - Mauro Bragato

Data 11/07/2024
Horário 04:07

Nos últimos anos estamos testemunhando uma nova realidade mundial e local, muito em função das condições climáticas extremas. Desastres acontecendo, destruição ambiental e perda de vidas são a face mais cruel desse novo quadro.

Sendo parlamentar, também é minha responsabilidade não deixar esses problemas críticos de lado. Precisamos de ações ousadas e urgentes.

No Brasil e no exterior os desastres naturais estão se agravando. Botos morrem na Amazônia, macacos caem desfalecidos de árvores no México, idosos sofrem na Europa e nos Estados Unidos com fortes ondas de calor, incêndios consomem o Pantanal. E estes são apenas alguns dos visuais dramáticos dos terríveis efeitos da mudança climática.  O que está por vir? “Só ladeira abaixo”, podemos esperar, se nada for feito.

Lembrar também do Rio Grande do Sul, em que enchentes e alagamentos afetaram 2,3 milhões de pessoas, em eventos que não são meros acidentes naturais, são consequências diretas de um modelo de desenvolvimento econômico insustentável e da exploração desenfreada dos recursos naturais.

Mirando aqui no Oeste Paulista, somos testemunhas diretas dos efeitos das mudanças climáticas. O aumento da temperatura e a irregularidade nas chuvas afetam diretamente o cultivo - a atividade econômica mais importante de nossa região.

Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, os níveis de dióxido de carbono atmosférico aumentaram cerca de 15% nos últimos quarenta anos. É 31% mais alto do que seus níveis pré-Revolução Industrial. É o efeito estufa se fazendo presente. Outros gases como metano e óxido nitroso também cresceram acentuadamente, resultando no fenômeno do aquecimento global.

Todos esses gases são significativos no aquecimento global. O ciclo do carbono, tão vital para a vida no planeta Terra, está de fato sendo perturbado por processos humanos como queima de combustíveis fósseis e desmatamento.

Acredito que nosso papel é promover políticas públicas que combatam as mudanças climáticas. Devemos estabelecer grandes programas de reflorestamento e conservação, especialmente na Amazônia e no Pantanal. Devemos encorajar o uso de energias renováveis, como solar e eólica, para que nossa dependência de combustíveis fósseis seja reduzida.

Também é preciso investir em campanhas de educação e conscientização para que as pessoas saibam da necessidade de viver de maneira sustentável e se comportar de maneira ecologicamente responsável. Precisamos de regulamentação ambiental mais rígida e fiscalização para frear a destruição da floresta.

É necessário ainda construir infraestruturas robustas e medidas de adaptação para povos vulneráveis a eventos climáticos severos. O financiamento de pesquisas em tecnologias limpas e medidas de atenuação das mudanças climáticas pode ser essa resposta criativa. A pesquisa e a troca de conhecimentos com outros países e organizações do mundo para combater a mudança climática podem ser um plano a ser seguido.

Enfim, o fato de as mudanças climáticas estarem ocorrendo, por si só já é uma situação alarmante, e pede a tomada de medidas imediatas. Os eventos extremos do último ano são um lembrete dramático do impacto das atividades humanas em nosso planeta.

Como deputado, estou comprometido em buscar medidas decisivas para mitigar esses impactos e proteger o futuro das próximas gerações. A sobrevivência do nosso planeta depende de nossas ações coletivas e urgentes. O tempo de agir é agora.

 

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