Na próxima semana, o Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) Centro-Sul/5ª Cia encaminhará aos poderes Executivo e Legislativo prudentinos, bem como ao MPE (Ministério Público Estadual) e ao MPF (Ministério Público Federal), um projeto que propõe a concessão pública do Terminal Rodoviário de Presidente Prudente, entre outras ações envolvendo a linha férrea e terrenos abandonados, que buscam maior segurança para os moradores, transeuntes, comerciantes e usuários de tal área da cidade. Os itens que irão compor o documento foram discutidos na manhã desta quarta-feira, na reunião mensal da entidade, que contou com representantes da sociedade civil, das polícias Civil e Militar, da Câmara Municipal, entre outros, no auditório do Sincomércio (Sindicato Comércio Varejista).
“Estamos engajados. Não estamos aqui para resolver esse problema hoje, pois o que nós queremos é puxar um novelo junto às autoridades públicas e à sociedade e, como um todo, resolver esse problema, que é muito sério”, comenta o presidente do conseg, Rodrigo Romão. Ele explica que a insegurança no entorno do terminal aflige toda a área central, já que a rodoviária tem um fluxo intenso de transeuntes, com pessoas que chegam e saem a todo instante, além da proximidade de um centro de compras, o Poupatempo, e demais comércios. “Um agravante muito grande é em relação aos moradores de rua, que vem de outras cidades e estados, e acabam se estabelecendo naquela área, pois ali são bem tratados. Então, acabam ficando por ali e, no meio deles, entra o marginal, o traficante, o homicida, aquele que vai praticar um roubo, que acabam se misturando naquele meio”, declara.
“Isso está trazendo uma insegurança muito grande para quem usa todo aquele espaço, sendo que essas pessoas que estão por ali acabam migrando, praticando furtos no centro da cidade, no Parque do Povo, e mais áreas ao redor. Então, precisamos ter uma visão de melhoria em questão social, da parte arquitetônica, dos espaços de uso comum”, complementa Rodrigo. O presidente do conseg pontua que o projeto a ser apresentado às autoridades municipais busca uma “união de forças”. “Temos que engajar toda a sociedade para não deixar a nossa cidade se emporcalhar e ficar cada dia pior e em risco. Temos que atacar para resolver a questão. Hoje, você vê o trabalho importante da Polícia Militar no local, mas estão ‘enxugando gelo’, porque detém a pessoa que pratica crime, apresenta na Polícia Civil e, logo, na audiência de custódia, essa pessoa já é liberada. Então, a pessoa fica ali poucos dias presa, o que não adianta nada, e ela volta para aquela mesma área”, conclui.
Sobre o assunto, a Prefeitura, através da Secom (Secretaria Municipal de Comunicação), declarou que “vai aguardar o encaminhamento da proposta do conseg para analisar e, posteriormente, se posicionar a respeito”.
Foto: Mellina Dominato
Rodrigo Romão: "insegurança no entorno do terminal aflige toda a área central"
