O Tribunal do Júri condenou a dona de casa Elisângela Silva Paião pela emboscada que resultou na morte de seu esposo, o pecuarista Airton Braz Paião, 54, no dia 21 de setembro de 2022, no município de Iepê. O funcionário público municipal Fabrício Severino Gomes Merilis, que participou do crime também foi condenado. A decisão saiu na última quarta-feira, após dois dias de julgamento com 15 testemunhas.
Elisângela foi condenada a nove anos e quatro meses de prisão. As penas ser referem aos crimes de tentativa de homicídio e homicídio cometido mediante à traição ou emboscada, o que dificultou a defesa da vítima. Elisângela que já estava presa na Penitenciária Feminina de Tupi Paulista, continuará cumprindo pena no local. As informações são do portal UOL.
Fabrício Severino Gomes Merilis foi condenado pelos dois crimes e deverá cumprir pena de quatro anos em regime aberto. O funcionário público estava preso no CPD (Centro de Detenção Provisória) de Caiuá, desde a época do crime e foi solto após a sentença. “Após cerca de 18 horas de julgamento, em Sessão Tribuna, a defesa técnica conseguiu-se ao menos parcial procedência do seu pleito defensivo, ou seja, o afastamento da qualificadora de dissimulação”, informou em nota os advogados Marcos Vinicius Alves da Silva e Laerte Henrique Vanzella Pereira, responsáveis pela defesa de Merilis.
Relembre o crime
O pecuarista Airton Braz Paião foi alvo de uma tentativa de homicídio, na área rural de Iepê, no dia 21 de setembro de 2022. Ele foi atraído até o local em uma emboscada e levou quatro tiros na cabeça e uma facada nas costas. Apesar dos disparos, Paião se fingiu de morto e, após os atiradores deixarem o local, conseguiu pedir ajuda.
Socorrido, o pecuarista foi morto quatro dias depois enquanto estava internado na Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente. Ele levou tiros disparados pelo soldado da Polícia Militar, Marco Francisco do Nascimento, 30 anos, que se matou em seguida, ainda dentro do hospital. O oficial falou com uma irmã de Paião e pediu para que ela se retirasse do local, com o pretexto de estar acompanhando as investigações da tentativa de homicídio contra a vítima.
O fato de Elisângela não estar presente no velório do marido chamou a atenção dos policiais. Ela era casada com o pecuarista há cerca de 25 anos e tiveram dois filhos juntos. Segundo as investigações, a mulher mantinha um relacionamento extraconjugal com o PM.