Os vencedores do desafio "De olho na nossa cidade", do Crea-SP (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo), que selecionou propostas para evitar os alagamentos no Parque do Povo em Presidente Prudente, serão premiados em cerimônia no dia 5 de dezembro, às 18h30, na sede da AEAAPP (Associação de Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Presidente Prudente). O concurso, realizado em parceria entre Crea-SP, AEAAPP e a Associação Amigos do Parque do Povo, incentivou a busca por soluções para as frequentes inundações no local, por meio de contribuições da área tecnológica.
Os três melhores projetos levaram prêmios no valor total de R$ 20 mil. As ideias também foram compartilhadas com a gestão municipal.
O primeiro lugar ficou com o projeto "Parque do Povo ou das águas?", do engenheiro Anderson Santos Camargo, que recebeu o prêmio de R$ 10 mil. O profissional usou cálculos hidráulicos e hidrológicos para uma avaliação técnica com sugestão de orçamento, que chega a R$ 8,3 milhões, no caso de rede de drenagem de ruas e avenidas, ou de R$ 44,4 mi, no caso de um canal de drenagem central.
“A proposta não só faz uma análise do desafio, como também do entorno e identifica que o problema não se encontra na foz do parque, mas nas microbacias. Além disso, apresenta soluções que podem mitigar as enchentes”, detalha o engenheiro Neiroberto Silva, que fez parte da banca de avaliação dos projetos.
O segundo lugar foi dado ao projeto "Reestruturação e requalificação do Parque do Povo de Presidente Prudente", do arquiteto Marcos José Martins da Costa e do engenheiro Eder Martins Menossi, que receberam o prêmio de R$ 6 mil. A proposta focou na reestruturação do Parque do Povo com implantação de galerias de retenção em pontos estratégicos para conter as águas da chuva.
O último finalista, premiado com R$ 4 mil, foi o engenheiro Mauro Morata Bortoloto Junior, com o projeto "Problema de drenagem de águas fluviais na região do Parque do Povo". Ele realizou uma análise da relação da drenagem com a limpeza urbana e impermeabilização do solo.
O presidente do Crea-SP, engenheiro Vinicius Marchese, ressaltou como a área tecnológica pode participar ativamente da busca de alternativas para problemas cotidianos. “O desafio proposto pelo conselho, em conjunto com as associações, vai ao encontro das necessidades dos cidadãos frente a um problema ainda sem solução, reforçando o protagonismo dos profissionais da área tecnológica no desenvolvimento de cidades mais inteligentes”, observa.
“Acreditamos no poder do empreendedorismo e da inovação tecnológica para moldar um futuro melhor para os municípios. Neste caso, os projetos escolhidos podem resolver problemas reais e dar vida às soluções tecnológicas para viabilizar uma cidade mais inteligente”, acrescentou o engenheiro Augusto Pantaleão, chefe da equipe de Inovação do Crea-SP.