Como levar o oeste paulista mais próximo dos grandes centros? (Parte 1)

OPINIÃO - Renato Michelis

Data 05/11/2024
Horário 05:00

É fato que nossa Região Administrativa, em relação às outras 15, geograficamente, se encontra mais no canto do Estado, longe dos grandes centros e região portuária. E, por esse motivo, no passado, muito já se falou sobre as dificuldades que pessoas e investimentos tinham em vir para cá. Porém, esse é um paradigma superado. Se não conseguimos mudar nossa localização, com certeza podemos melhorar nossa logística de transporte com acesso aeroviário, rodovias, ferrovias e até mesmo as hidrovias. O nosso aeroporto, em termos de segurança e capacidade técnica da pista, é um dos melhores do Estado.    
Conforme dados divulgados pela ASP (Aeroportos Paulista), concessionária que administra o Aeroporto Adhemar de Barros, em Presidente Prudente, o terminal registrou 200.259 embarques e desembarques entre janeiro e agosto de 2024, marcando um crescimento de 6,5% em relação ao mesmo período de 2023, quando 187.904 passageiros utilizaram o aeroporto. Nos voos comerciais, foram realizados 3.112, um salto de 23% em comparação aos 2.510 voos registrados no ano anterior.
Apesar do aumento no fluxo, os avanços na infraestrutura de embarque e desembarque do aeroporto têm sido marcados por desafios. Desde 2019, a sociedade civil reivindica a construção de um novo saguão, melhorias na pista e novos atrativos, não apenas por questões estéticas, mas para proporcionar mais conforto aos passageiros e oferecer aos municípios de nossa região condições para receber um HUB de conexão de voos. As necessárias melhorias proporcionarão aumento do fluxo de passageiros e no transporte de cargas, que podem alavancar o desenvolvimento de toda região.
Em recente conversa com o CEO da ASP, Dario Lopes, ele mencionou a mim que o anúncio oficial das obras está previsto para novembro. A construtora foi selecionada; no entanto, ainda restam pendências burocráticas a serem resolvidas urgentemente.
A instalação do novo prédio da Receita Federal junto ao terreno limítrofe ao aeroporto é outra pauta de várias batalhas que empreendemos, já que possibilitaria futuramente sermos um Porto Seco ou estação aduaneira, aumentando a competitividade no comércio exterior e gerando centenas de empregos. Ainda buscamos viabilizar esta iniciativa. 
Como sociedade civil organizada, temos o direito e o dever de cobrar o andamento para esses projetos e evitar que resultem em retrocessos para o município. Agendamos ida a São Paulo para discutir questões estratégicas com os responsáveis, sobre a ampliação do aeroporto, transporte ferroviário e da rodovia bioceânica (estes últimos serão temas da parte 2 deste artigo). Continua... 
 

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